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Quando a buva parecia estar dominada, uma nova erva daninha virou tema central do Dia de Campo da Coamo, evento que reúne 4 mil cooperados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso em Campo Mourão nesta semana. Entre dez temas selecionados, o capim concentra atenção porque seu controle é mais complexo que o da buva resistente a glifosato, disso o agrônomo responsável pela Fazenda Experimental da Coamo, Joaquim Mariano Costa.

A fazenda tem cerca de 200 hectares usados em canteiros experimentais. Os técnicos plantaram capim-amargoso com diferentes graus de resistência ao glifosato e aplicaram herbicidas diferentes em estágios distintos de desenvolvimento da planta. Com isso, acreditam ter mapeado o que pode ocorrer no campo dependendo do manejo adotado pelo produtor.

“Ao contrário do que se imaginava, o capim-amargoso não tem época para emergir, do inverno ao verão. E a aplicação de defensivo tem mais efeito logo após a emergência, mas quanto menor a erva daninha melhor”, resumiu o agrônomo Paulo Henrique Battisti. A espécie existe em praticamente todas as regiões do Brasil, frisou.

Não há pesquisa sobre a área de lavouras atingida pelo capim-amargoso. O pesquisador Dionísio Gazziero, da Embrapa Soja, estima que 600 mil hectares enfrentam o problema, principalmente em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. Em áreas com quatro a oito plantas por metro quadrado que poderiam render 3,3 mil quilos de soja por hectare, a produtividade cai para 1,88 mil kg/ha, mostra projeção também da Embrapa Soja.

O produtor Sebastião Corrêa, de Mangueirinha (PR), participou do Dia de Campo para evitar que a nova erva-daninha cause tanto problema quanto a buva. Ele afirma ter controlado os danos da buva à produtividade, mas que ainda precisa arrancar plantas que crescem na lavoura e na pastagem. As sementes vêm da vizinhança e ficam no solo por mais de três safras.

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