Os principais desafios apontados pelo Fórum de Agricultura da América do Sul –destacados na edição desta terça-feira do Agronegócio – representam um passo à frente nas discussões abertas pelas duas primeiras edições do evento. Retomam temas permanentes e abrangem novos assuntos: as crises econômicas enfrentadas pelos países sul-americanos, a medição de forças entre uma oferta ampliada e uma demanda contida, a reorganização do mercado numa época de novos acordos comerciais.
Às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais, os argentinos renovam expectativa de que Buenos Aires reduza a cobrança de tributos sobre exportações e controle menor sobre os embarques. Já os brasileiros esperam que a própria crise resulte num reconhecimento maior da importância da agropecuária e da agroindústria.
Mesmo nesse contexto, o agronegócio sul-americano opta por continuar expandindo a agricultura, e se prepara para uma concorrência ainda mais acirrada com o Hemisfério Norte. O que se vislumbra é uma época de margens de lucro menores, mas de consumo ainda crescente.
Como fator extra, as relações comerciais estão sendo restabelecidas. Acordos como o Trans-Pacific Partnership (TPP), que envolve Estados Unidos, Chile e outros dez países, anunciam uma competição também diplomática e geopolítica. Novos rumos do mercado global estão se desenhando. Entre os maiores desafios está o de decifrar essas mudanças, para que se tome as decisões corretas e no tempo certo.
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