A sustentabilidade social, econômica e ambiental da produção de alimentos é uma das principais vantagens do Brasil. O tema vem à tona durante as viagens da Expedição Agricultura Familiar como diferencial das pequenas propriedades e do sistema agroindustrial que se ergue em torno delas.
O frango do Paraná e de Santa Catarina, por exemplo, ganha competitividade justamente pelo baixo gasto de recursos. O sistema faz 1 quilo de ave com apenas 1,8 quilo de ração. Genética e a nutrição permitem abreviar o ciclo de produção a 40 dias, com manejo rigoroso nas unidades avícolas.
Esse sistema, que garante renda no campo e fornece carne barata ao consumidor urbano, exige menos energia ambiental. Para se criar um frango à moda antiga, seria necessário o dobro do tempo e, consequentemente, mais ração, milho, soja, lavoura, semente, adubo e agrotóxico.
Isso se estende a outros setores. Pela própria necessidade de redução de custos, a regra é economizar recursos de toda ordem, da produção de hortaliças à de soja.
A convergência para um sistema menos agressivo, que obviamente não é o único possível, se dá mais em função da lucratividade do que da preocupação ambiental. Mas, no final das contas, o que prevalece é uma rotina que mostra-se viável sob os mais diversos aspectos e merece esse reconhecimento.
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