![Entra em vigor tratado mundial vinculante contra pesca ilegal O acordo, que pretende “prevenir, dificultar e eliminar a pesca ilícita, não declarada e não regulamentada”. | Antônio More /
Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2016/06/b356838522fb35d0b5b039882375efac-gpLarge.jpg)
Um acordo internacional, considerado o primeiro tratado mundial vinculante contra a pesca ilegal, entrou em vigor neste domingo em quase 30 países, depois de ter sido aprovado em 2009, anunciou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
O acordo, que pretende “prevenir, dificultar e eliminar a pesca ilícita, não declarada e não regulamentada”, tem a partir de agora valor legal em países como Islândia, Noruega, Austrália, Cuba, África do Sul, Somália e Tailândia.
Mas duas importantes nações do mercado mundial da pesca não integram o acordo: China e Japão.
“É um grande dia no contexto dos esforços que buscam garantir uma pesca duradoura capaz de alimentar o mundo”, afirmou o brasileiro José Graziano da Silva, diretor geral da FAO, que tem sede em Roma.
O brasileiro convidou os governos ausentes no acordo a assinar o tratado, para “acabar com a pesca ilegal e assegurar a sobrevivência de nossos recursos marinhos”.
A FAO destacou que as partes signatárias devem adotar agora certas medidas em seus portos, com o objetivo de “detectar a pesca ilegal, impedir a descarga e venda de pescado obtido ilegalmente e assegurar a troca de informações sobre os navios ilegais em escala mundial”
Os navios de pesca estrangeira que desejam entrar em um porto deverão solicitar autorização de maneira antecipada e apresentar informações detalhadas sobre sua identidade, suas atividades e sobre o pescado a bordo.
Navios suspeitos terão a entrada negada em um posto, assim como a descarga do pescado, abastecimento de combustível e até o reabastecimento.
As embarcações autorizadas a entrar nos portos poderão ser inspecionadas de acordo com uma série de normas comuns.
“A navegação sem a devida autorização, a pesca de espécies protegidas, a utilização de equipamentos proibidos e o descumprimento das cotas de pesca estão entre as atividades ilegais mais frequentes”, destaca a FAO.
As práticas colocam em risco os esforços para uma gestão responsável da pesca, prejudicam a produtividade e, em alguns casos, contribuem de forma significativa para seu desaparecimento.
-
Lula usa alta do dólar para antecipar jogo eleitoral e minimizar o rombo fiscal
-
Quem é o ex-chefe da tropa de elite da PM que integra a pré-campanha de Boulos
-
Roberto Requião é pré-candidato a prefeito de Curitiba na tentativa de voltar à vida pública
-
Anfavea pede ao governo aumento antecipado de 35% no imposto para importar carros elétricos
Deixe sua opinião