![Após embargo da Europa, BRF dá férias coletivas para 3 mil funcionários O abatedouro de Mineiros, juntamente com a de Rio Verde e Carambeí, são investigados na terceira fase da Operação Carne Fraca, a Trapaça, da Polícia Federal. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2018/03/3717a6adb813ff33b504fc3c6eaa9975-gpLarge.jpg)
A BRF informou que, “devido à necessidade de ajustes no planejamento de produção”, concederá férias coletivas, a partir do dia 7 de maio, a todos os colaboradores do abate de aves da unidade de Capinzal, em Santa Catarina. “Após 30 dias, a operação será retomada normalmente”, diz a empresa em nota. A ação ocorrerá somente no processo de abatedouro de aves. Todas as demais atividades do complexo fabril funcionarão normalmente.
A unidade é uma das dez fábricas da empresa que tiveram suas exportações para a União Europeia suspensas pelo Ministério da Agricultura desde o dia 15 de março, como uma medida preventiva em relação aos questionamentos do bloco após a Operação Trapaça e à incidência de salmonela na carne exportada, acima do aceito pelos europeus. Nesta semana, uma missão do governo brasileiro está em Bruxelas, na Bélgica, debatendo a questão com autoridades sanitárias locais.
No último dia 12, a BRF também anunciou férias por 30 dias, para 497 colaboradores da linha de produção de perus da unidade de Mineiros (GO), em virtude de uma readequação de layout, segundo a empresa. As férias estavam planejadas desde o ano passado, diz a BRF. Além disso, outros 623 colaboradores da linha de frango saíram de férias nesta mesma data por dez dias, mediante compensação. “O motivo é que a área passará por uma adaptação para ampliar a capacidade da linha de corte”, diz a empresa.
Operação Trapaça
O abatedouro de Mineiros, juntamente com a de Rio Verde e Carambeí, são investigados na terceira fase da Operação Carne Fraca, a Trapaça, da Polícia Federal, deflagrada no começo deste mês. A operação investiga cinco laboratórios e setores de análises da BRF que supostamente fraudavam resultados de amostras, informando ao Serviço de Inspeção Federal (SIF) dados fictícios.
Houve buscas nessas três plantas da empresa, que tiveram a permissão de exportação suspensa pelo Ministério da Agricultura, com bloqueio nos embarques para 12 países que têm nível de exigência maior com relação à presença de salmonela.
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