Depois de um ano crítico, a avicultura se aproxima do final do ano com uma leve recuperação. A avaliação é feita pelo presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, que vê uma melhora no quadro no último trimestre. "A redução na produção diminuiu os estoques e a oferta, permitindo um reajuste dos preços", diz. A elevação das cotações de soja e milho - principais insumos para a fabricação da ração das aves - encareceu os custos do setor, gerando impactos principalmente no primeiro semestre deste ano. Ainda assim o dirigente destaca que a questão dos custos ainda não foi plenamente solucionada. "Não foi possível recompor totalmente os preços, e ainda há escassez de milho e farelo de soja, que estão sendo disputados". A busca pelos insumos mantém o nível de preços elevados e colabora para que a recuperação não seja plena. O fato também faz com que muitas empresas se mantenham em situação delicada. "Não é uma regra geral, mas existem pelo menos 15 a 20 empresas que estão passando por dificuldades e algumas chegaram inclusive a parar", afirma Turra. Para ele, um bom desempenho das safras de soja e milho, aliado a ampliação de mercados internos pode amenizar o quadro desfavorável.

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