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Uma missão técnica do México deve visitar plantas de frangos e perus no Brasil, na segundo quinzena de agosto, com o objetivo de avaliar a habilitação de novas unidades exportadoras. "A confirmação ainda é extra-oficial e, por isso, não temos muitos detalhes", revelou o vice-presidente de aves da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.

Caso o país consiga ampliar este acesso poderá abocanhar uma lacuna deixada pelos Estados Unidos que, com o Brasil, domina as exportações globais de carne de aves. Granjas norte-americanas enfrentam um surto de gripe aviária que já provocou a morte de mais de 48 milhões de animais, prejuízo bilionário e embargos internacionais. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reduziu por causa da doença as estimativas das exportações de carne de aves do país em 2015 e em 2016, sendo que o México é o principal importador da produção dos EUA.

No início de julho, o México renovou, até março de 2016, a habilitação de cinco estabelecimentos brasileiros exportadores de carne de aves. Na época, o Ministério da Agricultura informou que o potencial de comércio para a carne de frango in natura brasileira no México é de US$ 315,7 milhões, o que representaria 244 mil toneladas.

As exportações brasileiras totais de carne de frango devem encerrar 2015 com um total de 4,3 milhões de toneladas embarcadas, estima a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o que significa crescimento de 5% na comparação com o volume exportado em 2014 (4,1 milhões de toneladas). A produção deve atingir 13 milhões de toneladas ao fim do ano, crescimento de 3% em relação à 2014.

Segundo Santin, a ABPA deve ainda solicitar ao governo federal para que a missão seja ampliada também para plantas de suínos e de material genético para o México. Para o setor suinícola, um dos objetivos é tornar as exportações menos dependentes da Rússia, responsável por 38,5% do total dos embarques brasileiros (118 mil toneladas), seguido de Hong Kong, com 22,9% (110 mil toneladas).

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