Relatório de perspectivas para 2015 divulgado pelo Rabobank nesta quinta-feira prevê um ano favorável para a avicultura brasileira neste ano. De acordo com o documento, o Brasil tende a consolidar a sua presença em mercados ainda pouco explorados, como o México, por exemplo, e aumentar a sua participação em mercados recém-conquistados como Rússia. O país euro-asiático deve ser destino de mais de 150 mil toneladas de carne de frango brasileiro em 2015 – acima das 124,9 mil toneladas que, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), foram registradas em 2014.
O Rabobank alerta, contudo, para o aumento da produção dos Estados Unidos, que deve acirrar a competição da carne brasileira no mercado externo. Apesar do embargo russo ao frango norte-americano, o Rabobank prevê que as exportações do país devem manter-se firmes em 2015, com cargas que antes eram destinadas à Rússia sendo redirecionadas a mercados como Oriente Médio e México.
Com produção insuficiente para atender ao crescente consumo interno, os mexicanos devem demandar cada vez mais carne importada, segundo o relatório. Os problemas enfrentados pela indústria de suínos em função do vírus da PED têm estimulado o consumo de frango.
Na Europa, o consumo também deve permanecer forte em 2015, estimulado pelos altos preços das carnes bovina e suína num momento em que a produção local de aves deve crescer apenas de 2%. Ainda enfrentando problemas com a gripe aviária, a China também deve ter oferta restrita e deve precisar elevar suas importações.
Mercado internoO Rabobank prevê que o baixo custo de grãos deve estimular o aumento da produção nacional de carne de frango, mas alerta que a disciplina na expansão da oferta será fundamental para a manutenção dos preços e a saúde do setor. Conforme o banco, a escassez de carne bovina e suína ainda não foi suficiente para impulsionar os preços do frango no mercado brasileiro e os altos patamares dos dois principais concorrente do frango deverão favorecer o aumento do consumo doméstico. Outro ponto positivo, informa o documento, são as boas perspectivas para o consumo de empanados e processados no país.
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