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Peru brasileiro ganha mais um carimbo no passaporte

O material de reprodução exportado tem altíssimo valor agregado e supera em 55 vezes a tonelada de frango embarcada ao exterior. | Arquivo/Gazeta do Povo
O material de reprodução exportado tem altíssimo valor agregado e supera em 55 vezes a tonelada de frango embarcada ao exterior. (Foto: Arquivo/Gazeta do Povo)

O Marrocos irá comprar do Brasil material genético de perus (ovos férteis e animais de um dia), informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O Escritório Nacional de Segurança Sanitária dos Produtos Alimentícios (ONSSA), do Marrocos, aprovou os Certificados Zoosanitários Internacionais (CZI), o que permite que se iniciem as exportações ao país.

As negociações sanitárias com o Marrocos começaram ainda neste ano, devido a ações de mercado realizadas pelo Ministério da Agricultura e pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Segundo a ABPA, o Brasil não exporta carne de peru nem genética de aves para o Marrocos atualmente, portanto a abertura pode ser uma oportunidade para o setor.

Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA, disse que “o Brasil já é uma consolidada plataforma de exportação de genética de frangos e ovos, e a oportunidade aberta para o setor de perus amplia a capacidade de embarques em um segmento de altíssimo valor agregado”.

A partir de agora, o Marrocos integra grupo de cerca de 50 países das Américas, Oriente Médio, África, Europa e Ásia, que importam regularmente material genético avícola do Brasil. O material de reprodução exportado tem altíssimo valor agregado e supera em 55 vezes a tonelada de frango embarcada ao exterior, afirma a coordenadora do Mapa. Em 2016 (último dado da ABPA) foram exportadas 9,39 mil toneladas de ovos férteis e 754 toneladas de pintinhos de um dia. A receita cambial com a venda foi de US$ 87,2 mil por t, enquanto que a carne de frango somou US$ 1,56 mil/t.

De acordo com a coordenadora do Trânsito e Quarentena Animal (CTQA), Judi da Nóbrega, os mercados importadores de genética avícola do país encontram-se em franca expansão. A coordenadora diz ainda que os principais fatores que contribuem para a sucessivas conquistas de mercados externos são o reconhecimento internacional da condição sanitária dos plantéis avícolas nacionais, o nível de biosseguridade dos estabelecimentos produtores de genética brasileira e a eficiência das linhagens avícolas produzidas no Brasil, que permitem desenvolver rapidamente produtos de qualidade e com índices zootécnicos (produtividade).

Na avaliação de Judi Nóbrega, o acesso e a manutenção de mercados importadores dessas mercadorias são estratégicos para o país. E lembra que o Brasil é o único país que nunca registrou ocorrência de influenza aviária de alta patogenicidade.

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