Rendimento apresentado em feiras ainda é exceção no Brasil. Na média, país produz apenas 46 quilos de carne ao ano por animal mantido vivo.| Foto: Roberto Custódio/Roberto Custódio

Com um rebanho bem maior, o Brasil produz menos carne bovina que os EUA. O volume anual brasileiro por animal vivo corresponde a apenas 35% do alcançado nos EUA, mostram os números de 2014. Vantagem mesmo, só no volume exportado.

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Essa comparação parte de dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que considera haver rebanhos de 209 milhões de cabeças no Brasil e de 88 milhões de cabeças nos Estados Unidos. A produção anual é de 9,6 milhões e de 11,4 milhões de toneladas de carne nos dois países, respectivamente.

Ou seja, para cada boi vivo, os EUA estão remetendo ao mercado 129 quilos de carne ao ano, enquanto o Brasil remete apenas 46 quilos. Nas exportações, Estados Unidos ficam atrás, com 1,1 milhão de toneladas, cerca de 700 mil a menos do que o Brasil. O volume comparativo, no entanto, equivale a 12,5 quilos e a 8,5 quilos por boi no pasto ou (semi) confinamento, com vantagem norte-americana.

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O Brasil precisa avançar em genética e nutrição para reduzir essa diferença, segundo os especialistas. Uma mudança que depende de um rebanho mais uniforme, que ganhe peso rapidamente, e de investimentos em pastagens.

Aplicativo

O quadro abre mercado também para empresas focadas em gestão. “Pelo celular ou tablet o produtor pode acessar as informações que são relevantes para o seu negócio e acompanhar todos os indicadores, desde o ganho de peso do animal, vacinas e gestão do rebanho”, explica o diretor executivo da JetBov, Xisto Alves.

A empresa oferece sistema semelhante a um aplicativo de gerenciamento para a bovinocultura. Os dados são armazenados remotamente em banco que pode ser acessado via internet de aparelhos móveis. Pecuaristas do Paraná e de Santa Catarina usam o sistema, segundo a JetBov, de Joinville (SC).