Comitivas de três países do Mercosul estão de olho no sistema de produção de leite em Castro (PR). Com o objetivo de conhecer os sistemas de produção e manejo paranaense, um grupo de pecuaristas e médicos veterinários do Uruguai irá desembarcar ainda nas próximas semanas na região. Há cerca de 30 dias, 35 pessoas da Argentina e do Paraguai estiveram nas propriedades.
Uma das líderes da equipe argentina, a consultora Connie Córdoba, da empresa CRI Genética - especializada em inseminação artificial e melhoramento genético para a produção de carne e leite -, comenta que a maioria dos produtores leiteiros argentinos criam o gado no pasto, e que precisam aprender novos métodos para tirar o leite.
“É preciso construir algum tipo de galpão mais eficiente e a região de Castro tem diversos exemplos. Cada fazenda conta com um tipo de manejo e estrutura diferentes, o que foi muito bom para os produtores observarem”, revela.
Na opinião do médico veterinário Bruno Scarpa, gerente da área de leite da CRI Genética, esse intercâmbio é importante porque o Brasil passa por um processo de reorganização dos sistemas de produção, com novas tecnologias e ferramentas para a gestão. Neste sentido, a produção paranaense é exemplo internacional. “A região de Castro é referência não só para os produtores brasileiros, mas também para produtores ao redor do mundo”, comenta.
Para o especialista, ao conhecer diferentes fazendas e métodos de manejo, as decisões dos produtores ficam mais assertivas. “Assim se conhece todos os prós e contras de cada um, identificamos qual mais se enquadra para cada propriedade e não cometemos erros que outros parceiros produtores podem já ter identificado e solucionado”, finaliza Scarpa. Ele destaca que isso certamente impacta na rentabilidade final do produto.
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