No mesmo dia em que a Colômbia confirmou o segundo caso de febre aftosa bovina em um mês, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e outras cinco entidades pediram, nesta segunda-feira (10) , uma mudança imediata na composição da vacina utilizada contra a doença em território nacional.
A solicitação foi oficializada através de nota técnica e destaca sobre a febre aftosa: “é a doença animal com maior impacto econômico na atividade pecuária”.
As entidades pedem que seja autorizada a remoção de uma substância chamada saponina da composição da contra febre aftosa, e que não fazia parte da fórmula original. Também está sendo solicitada a redução do volume da dose aplicada (de 5 ml para 2 ml).
Caroços na carne: prejuízo ao pecuarista
A nota conjunta destaca que “a administração da vacina contendo saponina por via intra-muscular pode levar à formação de abscessos”. Nunca é demais lembrar: a formação de caroços e abscessos foi responsável pelo embargo da carne brasileira enviada aos Estados Unidos.
Além disso, “estimativas indicam que o produtor perde,em média, 2 kg de carne nas carcaças dos animais abatidos devido às lesões pela vacinação”, indica a CNA. A estimativa da confederação é que 70 mil toneladas de carne foram descartadas em 2016 devido a essa reação.
“É evidente que o Brasil precisa evoluir em sanidade, mas temos que avaliar alternativas para não onerar os produtores rurais e a sociedade”, diz Teresa Vendramini, diretora do Departamento de Pecuária da Sociedade Rural Brasileira - que também assinou a nota.
A nota foi assinada pela CNA e pelas entidades: Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), Associação Brasileira dos Frigoríficos (ABRAFRIGO), Associação dos Criadores de Mato Grosso (ACRIMAT), Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC) e Sociedade Rural Brasileira (SRB).
Febre aftosa: ameaça colombiana
Se por um lado o Brasil busca mudanças na vacina e estados como o Paraná dizem que estão próximos de anunciar o fim da vacinação contra a febre aftosa, o Ministério da Agricultura da Colômbia confirmou nesta segunda-feira (10) que há um surto no país. Após a confirmação do primeiro caso, em junho, o governo colombiano detectou um novo caso no município de Yacopí, na província de Rio Negro, próxima à Venezuela.
Em 2009, a Colômbia havia sido considerada área livre da febre aftosa.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares