A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (14), em Moscou, ter expectativa de que ocorra o pleno restabelecimento do comércio de carnes com a Rússia, com o fim do embargo a três estados brasileiros.
O Ministério da Agricultura do Brasil anunciou ao final de novembro que a Rússia deu um passo importante para voltar a comprar carnes bovina, suína e de frango de três estados brasileiros, embargados desde 2011.
Mas essa liberação ainda depende de algumas condições impostas pelos russos, acrescentou o governo brasileiro naquela oportunidade.
"Expressei a minha expectativa sobre o pleno e pronto restabelecimento de comércio de carnes suínas entre os nossos países e o fim do embargo aos três Estados brasileiros", disse Dilma em declarações ao lado do presidente russo, Vladimir Putin.
A presidente disse que o fim do embargo poderia impulsionar o comércio entre os dois países emergentes.
No final de novembro, a Rússia indicou suspensão do embargo aos estados de Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná, mas tal medida ainda dependia de um comunicado oficial do país e de uma habilitação específica por estabelecimento exportador, de acordo com autoridades do governo brasileiro e do setor privado.
Mesmo com as restrições, a Rússia continua sendo um dos principais destinos para as carnes brasileiras, uma vez que o Brasil tem exportado por meio de unidades situadas em outros não embargados.
O Ministério da Agricultura do Brasil informou nesta semana que proibiu temporariamente um aditivo alimentar chamado ractopamina e outros betabloqueadores, que promovem o crescimento muscular em animais como porcos e bovinos, porque teme ser vetado por seu maior importador de carne, a Rússia.
Com isso, o Brasil pode acabar por aumentar suas exportações de carne bovina para a Rússia, seu maior comprador, já que os russos intensificaram os testes sobre as carnes importadas dos EUA e Canadá.
Somente as exportações dos EUA para a Rússia valem cerca de 500 milhões de dólares.
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