| Foto: Daniel Caron/Gazeta do Povo

O governo dos Estados Unidos agendou a data da auditoria no sistema de inspeção de carnes bovinas e suínas do Brasil, uma das etapas para que produtores brasileiros sejam autorizados a voltar a exportar para aquele país.

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A viagem dos inspetores americanos deve ocorrer entre os dias 10 a 28 de junho deste ano.

A reabertura do mercado dos EUA para a carne bovina in natura brasileira foi o principal pleito da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante a visita do presidente Jair Bolsonaro a Washington, na semana passada.

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Na ocasião, as autoridades dos EUA não anunciaram a reabertura das suas fronteiras para a carne brasileira, mas prometeram agendar a visita de fiscalização, cujas datas foram comunicadas ao Ministério da Agricultura nesta segunda-feira (25).

Para tentar vencer a resistência dos americanos, a administração Bolsonaro fez dois acenos a Washington em temas agrícolas. O Brasil aceitou abrir uma cota, com tarifa zero, para a importação de 750 mil toneladas de trigo dos EUA. Além do mais, sinalizou positivamente para permitir a importação de carne de porco americana no Brasil.

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A expectativa dos negociadores brasileiros era que essas concessões acelerassem os trâmites para permitir a retomada das exportações aos EUA de carne brasileira, principalmente a bovina.

A inspeção das autoridades americanas tem por objetivo verificar se a carne brasileira atende os requisitos sanitários daquele país.

O relatório da auditoria deve ser divulgado após a visita dos norte-americanos, em data ainda não especificada.

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O agendamento da visita representa um avanço para a pauta de Tereza Cristina, que tratou do tema diretamente com Sonny Perdue, secretário da Agricultura dos Estados Unidos. “Tudo ocorreu conforme o acordado com o senhor Perdue. Houve boa vontade dos Estados Unidos e alcançamos o objetivo de nossa viagem”, avaliou a ministra.

Nos EUA, a permissão para a retomada das exportações brasileira enfrenta forte resistência dos produtores locais.

A Associação de Pecuaristas dos EUA (United States Cattlemen’s association), por exemplo, divulgou um comunicado, no dia do encontro de Bolsonaro com o presidente Donald Trump, acusando o Brasil de “atuar de forma negativa no mercado global” e argumentando que o levantamento do embargo à carne brasileira colocaria em risco o rebanho daquele país.

O ministério da Agricultura argumenta que ofereceu aos EUA todas as informações e garantias requisitadas para a retomada das exportações.