As exportações brasileiras totais de carne bovina - que consideram o produto in natura, industrializado, além de cortes salgados e miúdos - somaram US$ 5,5 bilhões em 2016, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (11) pela a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). O montante representa recuo de 7% na comparação com 2015. Em volume, os embarques totalizaram 1,4 milhão de toneladas, 0,72% acima do registrado em 2015 (1,39 milhão de toneladas). O faturamento ficou abaixo da estimativa inicial da entidade, que era de US$ 7,5 bilhões.
De acordo com a Abiec, o cenário cambial, com a valorização do real ante o dólar, além de problemas conjunturais de importantes mercados para a carne brasileira - como Rússia, Venezuela, e Egito -, refletiram negativamente nos números de exportação do setor em 2016. Hong Kong, mais uma vez, liderou as importações de carne bovina brasileira, com 11% de aumento no volume comprado e de 5% em receita.
Outro grande destaque do ano foi a China, que ocupou a terceira posição entre os maiores compradores do produto nacional. Em 2016, dentre as categorias de carne exportadas pela indústria brasileira, a in natura liderou as vendas, com faturamento de US$ 4,3 bilhões e 1,1 milhão de toneladas embarcadas de janeiro a dezembro.
Se considerado somente o mês de dezembro de 2016, o faturamento das exportações de carne bovina brasileira registrou US$ 455 milhões, um aumento de 7,4% em relação a novembro de 2016. Já em volume embarcado, foram 113,4 mil toneladas, com crescimento de 13,8% se comparado com o mês anterior.
2017
Para 2017, a associação estima uma recuperação nas exportações com acréscimos no volume e faturamento. Novos mercados estarão no foco da entidade para este ano, como Coreia do Sul, Taiwan, Indonésia, Canadá, México e Japão. “Estados Unidos e União Europeia também estarão no centro das atenções para ampliarmos nossa presença”, afirmou, em nota, o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli.
Em dezembro do ano passado, a Abiec divulgou estimativas de US$ 6 bilhões e um total de 1,5 milhão toneladas, o que representaria um aumento de 9% e de 7%, respectivamente, em relação ao fechamento de 2016.