Os Estados Unidos apontaram inconformidades em cortes de bovinos exportados pelo Brasil, atribuídos a reações à vacinação contra a febre aftosa, como justificativa para interromper as importações.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

Uma missão técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai aos Estados Unidos no início de julho para discutir o fim da suspensão da compra da carne bovina in natura brasileira, anunciada na última quinta-feira (22). A informação foi dada nesta terça-feira (27) pelo secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Luiz Eduardo Rangel.

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Carta com respostas aos americanos está sendo preparada pela equipe técnica e deve ser concluída até o fim de semana. Somente após o retorno da missão é que o ministro Blairo Maggi vai aos EUA para tratar sobre o assunto pessoalmente com o secretário de Agricultura do governo Trump, Sonny Perdue.

Rangel disse que o processo para reverter a decisão do governo norte-americano de suspender a compra da carne bovina fresca brasileira deve demorar pelo menos um mês, a partir da data do anúncio da restrição. Por conta do feriado de 4 de julho (data da independência americana), os técnicos do Mapa não poderão embarcar no início da semana que vem, como pretendiam.

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Os Estados Unidos apontaram inconformidades em cortes de bovinos exportados pelo Brasil, atribuídos a reações à vacinação contra a febre aftosa, como justificativa para interromper as importações.

Rangel disse que o processo é um pouco lento em função dos ritos que devem ser seguidos. Lembrou que, após o anúncio da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, foram gastas semanas para levantar a suspensão em alguns mercados. “Naquele caso, o fechamento foi muito mais por um efeito midiático do que técnico”, observou.

Na última sexta-feira (23), o Mapa determinou mudanças na inspeção da carne brasileira exportada para todos os países. Durante coletiva à imprensa, o secretário-executivo do Ministério, Eumar Novacki, enfatizou que todos os cortes dianteiros de bovinos serão fatiados antes do embarque para evitar problemas como os que foram alegados pelos americanos para determinar a suspensão da compra da carne brasileira.