O Brasil aposta na reabertura de dois mercados internacionais para ampliar a exportação de carne bovina nos próximos meses. Depois da África do Sul suspender o embargo a proteína brasileira em fevereiro, nesta semana veio o anúncio de que o Iraque não tem mais restrições para a compra do alimento. Em 2013, um ano antes do início das restrições, as duas nações compraram 59 mil toneladas do produto, gerando uma renda de US$ 266 milhões.
A confirmação mais recente foi do Iraque, que na última segunda-feira (02) confirmou a liberação das importações de carne bovina brasileira e seus subprodutos. O levante do país havia ocorreu no ano passado em virtude da ocorrência de um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), doença conhecida como "síndrome da vaca louca", ocorrido em Mato Grosso. As negociações foram favorecidas pela manutenção do status de risco insignificante para a doença no Brasil, mantido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Antes disso, no final de fevereiro, a África do Sul também reabriu o mercado para exportações brasileiras de carne bovina desossada. A África do Sul justificava as restrições pela ocorrência de casos febre aftosa e pelo caso atípico da vaca louca. O Brasil já chegou a exportar mais de 11 mil toneladas para os sul-africanos, obtendo faturamento de US$ 16 milhões. As notícias são celebradas pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). “Foram dois importantes anúncios que vêm somar a significantes conquistas para o setor de exportação de carne bovina brasileira, que desde o ano passado acumula notícias positivas com relação à reabertura e expansão de mercados, como Irã e Egito”, declarou Antônio Jorge Camardelli, presidente da entidade.
A Abiec demonstra otimismo quanto a possibilidade de suspender definitivamente os embargos de China, Arábia Saudita e Japão, além da possibilidade de abertura para os Estados Unidos.
Deixe sua opinião