O Paraná pode ser beneficiado por um acordo costurado entre Brasil e Estados Unidos para a abertura do mercado norte-americano de carne bovina. As negociações avançaram nesta semana, durante a sétima reunião do Comitê Consultivo Agrícola Brasil – EUA (CCA), que reuniu representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Departamento de Agricultura dos EUA (Usda).
“Há necessidade de incluir novos estados dentre os que serão habilitados a exportarem aos EUA, tendo em vista a condição de livre de febre aftosa com vacinação”, disse a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo. A expectativa é de que 14 unidades de federação recebam a liberação. Ela mencionou, ainda, os esforços brasileiros para a erradicação da febre aftosa no país e a cooperação com outros países para alcançar a erradicação da enfermidade em nível continental.
O Paraná já trabalha nos bastidores para obter o reconhecimento como área livre de febre aftosa sem vacinação, sob a chancela da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Conforme o diretor de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques, esse reconhecimento pode sair em maio de 2017. Para isso são necessários ajustes como a contratação de 169 técnicos para a Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), além da reforma de 23 barreiras sanitárias nas divisas do estado.
Agenda ampla
Além da carne bovina, a agenda da reunião incluiu temas de acesso ao mercado para bovinos vivos, sêmen e embriões bovinos e a certificação de carne suína, frutas e hortaliças.
Também está em debate a cooperação entre os dois países para desenvolver atividades no setor. As principais áreas de interesse são o bem-estar animal e produção integrada, além do levantamento de dados sobre produção e mercados agrícolas, iniciativa que já está em andamento entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o USDA.
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