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Bovinos

Paraná lança plano para tentar alavancar pecuária de corte

Plano de incentivo a bovinocultura não apresenta propostas concretas, mas Beto Richa avalia que é possível promover salto de qualidade no rebanho do Paraná. | Jonathan Campos / Gazeta Do Povo
Plano de incentivo a bovinocultura não apresenta propostas concretas, mas Beto Richa avalia que é possível promover salto de qualidade no rebanho do Paraná. (Foto: Jonathan Campos / Gazeta Do Povo)

Com um mercado consolidado para a produção de aves e suínos, o Paraná passa a concentrar esforços para impulsionar a cadeia da carne de boi. Para isso o estado tenta coloca em ação um programa que visa promover a evolução da pecuária bovina nos próximos dez anos. Lançado nesta terça-feira (11) em Curitiba, o Plano Integrado de Desenvolvimento da Bovinocultura de Corte traça metas para melhorar os atributos do rebanho estadual até 2025.

Mais de trinta entidades dos setores público e privado estão atuando na estruturação do projeto. A ideia de criação do plano ganhou força em maio, durante o Workshop da Bovinocultura de Corte do Paraná. Na ocasião diversos profissionais ligados a atividade apontaram medidas de curto e médio prazo que precisam ser adotadas para estimular a cadeia produtiva, explica o coordenador do Comitê Gestor do Plano, Rodolpho Luiz Werneck Botelho. “Não queremos reinventar a roda com esse plano. A intenção é selecionar tecnologias e práticas de produção disponíveis e difundi-las para os pecuaristas”, detalha.

Com um rebanho estimado em 9,1 milhões de cabeças, conforme a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), o estado assume participação tímida na oferta nacional. Por essa razão a meta do programa é promover ganhos de qualidade. “Não queremos ser área livre da febre aftosa sem vacinação para não ter gado para vender. A intenção é dar um choque na pecuária bovina”, aponta o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara. O discurso foi reforçado pelo governador Beto Richa, que foi anfitrião do evento.

Um conjunto de metas tenta criar uma referência para a execução das ações. Dentre as principais medidas está a redução da idade média de abate de 37 meses para 30 meses, o aumento na densidade de animais de 1,4 cabeças por hectare para 2 cabeças/ha e uma elevação da taxa de natalidade dos animais de 65% para 75%. Com isso projeta-se um incremento de 480 mil bezerros por ano até 2025.

Ainda não existe um cronograma claro de ações a serem executadas. “O Plano não apresenta projetos detalhados para alcançar as metas propostas. Sua função principal é nortear ações e a elaboração de projetos específicos”, diz um trecho do documento que apresenta o plano. Botelho explica que há foco no planejamento, como uma série de eventos regionais para discutir o tema. Depois disso serão selecionadas propriedades consideradas referência no setor para que as boas práticas sejam compartilhadas. O setor produtivo será convidado a sugerir medidas que possam vir a ser implementadas.

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