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Os produtores de leite são famosos pelos seus protestos em Bruxelas. Na foto, uma das manifestações, em 2009, que terminou com milhares de litros de leite derramados em frente à sede do Conselho Europeu. | Arquivo//Gazeta do Povo
Os produtores de leite são famosos pelos seus protestos em Bruxelas. Na foto, uma das manifestações, em 2009, que terminou com milhares de litros de leite derramados em frente à sede do Conselho Europeu.| Foto: Arquivo//Gazeta do Povo

Produtores de laticínios cobriram de branco nesta segunda-feira (23) a entrada do Conselho Europeu em Bruxelas depois de espalhar quilos de leite em pó para exigir um mecanismo permanente de gestão da crise leiteira, constatou a AFP.

A ação, realizada por 60 manifestantes convocados pelo sindicato europeu European Milk Board (EMB), ocorreu durante uma reunião dos 28 ministros europeus de Agricultura no interior do edifício.

Os produtores, procedentes, entre outros, de França, Alemanha e Lituânia, protestam contra a decisão da Comissão Europeia de colocar à venda progressivamente as reservas de leite em pó retiradas para tentar estabilizar os preços, no auge da crise de superprodução.

“O problema de base não foi solucionado”, explicou à AFP um dos manifestantes, Henri Lecloux, membro dos grupo de agricultores Via Campesina e MAP.

O executivo comunitário decidiu no fim de novembro colocar à venda mediante vários pacotes até 6% das 355 mil toneladas retiradas do mercado e acumuladas nos países do bloco há quase um ano, embora tenha advertido que não venderia a qualquer preço.

Desde então, Bruxelas rejeitou finalizar a venda destes pacotes quando o preço de compra estava “muito abaixo do preço de mercado”, explicou uma porta-voz da Comissão, para quem a venda de uma pequena parte das reservas obedecia a “sinais encorajadores de recuperação no mercado”.

Para Miguel Pacheco, do Via Campesina, o fato de terem sido vendidas apenas algumas dezenas de toneladas de leite em pó é um “sinal claro de que a crise não terminou”.

“Para muitos agricultores, a situação é, cada vez mais, uma questão de sobrevivência”, afirmou Sieta Van Keimpema, vice-presidente do EMB.

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