Grandes supermercados da China continental e da cidade-estado de Hong Kong (região administrativa especial) já retiraram das prateleiras produtos brasileiros de carne bovina e de frango. É o primeiro impacto do escândalo que envolve a indústria processadora do Brasil na mesa do consumidor. A Sun Art Retail, maior rede de hipermercados da China, o Wal-Mart e o Metro lideraram o movimento.
Uma porta-voz da Sun Art Retail, que opera 400 hipermercados chineses, admitiu que a rede recolheu carne fornecida pela BRF e pela JBS desde a segunda-feira, pouco antes mesmo de o governo chinês confirmar a suspensão das importações e que carnes desembarcadas do Brasil seriam retidas nos portos. A carne bovina brasileira responde por menos de 10% da oferta da Sun Art Retail, afirma a companhia. O mesmo teriam feito o Wal-Mart e a rede alemã Metro.
Em Hong Kong, a rede Wellcome retirou das prateleiras todas carnes congeladas e frescas de bovinos e frangos de origem brasileira como medidas de precaução. A rede avisa que os clientes poderão ter seu dinheiro de volta ou trocar a compra por outros produtos. Um funcionário do atendimento ao consumidor do concorrente ParknShop afirmou que o cliente poderia ser ressarcido ou trocar a mercadoria mediante nota fiscal, ou o comprovante de pagamento feito pelo aplicativo do celular. Em ambos os casos, amostras dos produtos teriam sido enviadas para testes.
De acordo com o jornal “South China Morning Post”, a rede de fast food Fairwood, também em Hong Kong, suspendeu na noite de terça-feira as vendas dos pratos de porco grelhado com carne brasileira.
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