A operação “Carne Fraca” da Polícia Federal, que investiga fraudes sanitárias e fiscais nos frigoríficos do país, não influencia de forma imediata as notas de crédito (ratings) da JBS e da BRF no Braisl, segundo informou a agência de classificação de risco Standard & Poor’s. No entanto, o rating poderá sofrer um impacto negativo caso uma possível queda de demanda afeta o fluxo de caixa dessas companhias.
Segundo nota, os dois frigoríficos e suas subsidiárias não foram afetados de forma imediata pela operação da PF, embora a BRF tenha fechado temporariamente uma de suas unidades. A agência de rating, no entanto, ressaltou que o setor já começa a vivenciar algumas consequências dessa operação, como barreiras comerciais à carne brasileira. “Essas outras consequências ainda são altamente incertas, bem como se serão significativas a ponto de impactar a qualidade de crédito da empresa”, explicaram.
A nota da BRF é BBB, com perspectiva negativa, refletindo a necessidade de desalavancagem da empresa e as “incertezas relacionadas às investigações podem afetar sua capacidade de recuperar o fluxo de caixa”. Já a nota da JBS é BB, com perspectiva estável. “A JBS é mais diversificada globalmente e menos dependente do fluxo de caixa gerado no Brasil em comparação à BRF, o que provavelmente a permitirá seguir em linha com nossas expectativas de desalavancagem em 2017”, explicou a S&P.
Entre as preocupações com a operação, estão multas futuras que as empresas podem ter que arcar, o que comprometeria o nível de endividamento. Além disso, há o temor de um risco reputação, caso as investigações concluam que há um problema estrutural no setor. “Continuaremos monitorando o impacto das investigações nas operações dessas empresas. Em especial, poderemos realizar uma ação de rating negativa caso a demanda e os preços da carne brasileira sejam diretamente afetados, a depender do impacto nos fluxos de caixa”, explicou a Standard & Poor’s.
Até a operação da PF, a perspectiva era positiva para o setor no Brasil em 2017.
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