Na unidade industrial da Seara, do grupo JBS, em Lapa (PR), cidade a 70 km de Curitiba, há uma seção na qual os frangos são desossados a mão. Depois, as carcaças são colocadas numa máquina que separa os ossos e cartilagens dos pequenos pedaços de carne que continuam presos. Esses pedacinhos formam uma pasta que depois é usada na fabricação de embutidos. Foi num equipamento como esse, em outro frigorífico, que a Polícia Federal acreditou ter havido mistura de papelão ao alimento, durante a operação Carne Fraca.
Cabeça suína não faz mal à saúde; confira esse e outros mitos da operação Carne Fraca
Leia a matéria completaA pasta de carne, chamada Carne Mecanicamente Separada (CMS), sai da máquina e é acondicionada em sacos, que por sua vez vão para bandejas de plástico. Posteriormente, em outra seção, essas bandejas de plástico são substituídas por caixas de papelão.
A conversa flagrada pela PF, na interpretação do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, trata de uma discussão sobre colocar as caixas de papelão na área da máquina, e não dentro da máquina. Hoje, isso não é permitido porque os rígidos controles sanitários que são aplicados à área em que os frangos são cortados e desossados não permitem a entrada desse material.
Investida da PF desarticula mobilização pela anistia, mas direita promete manter o debate
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Como a PF construiu o relatório do indiciamento de Bolsonaro; ouça o podcast
Bolsonaro sobre demora para anúncio de cortes: “A próxima semana não chega nunca”
Deixe sua opinião