Refeitório da Frimesa, em Medianeira: frigorífico que abate perto de 7 mil suínos por dia não deve ter cortes de pessoal| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O fim da paralisação não significa o fim do prejuízo para a indústria paranaense. A Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) calcula que as 25 maiores organizações de cooperativismo do estado deixaram de faturar R$ 1 bilhão durante a greve dos caminhoneiros nas últimas duas semanas.

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A Frimesa é uma delas. A empresa havia deixado de abater 8 mil suínos diariamente: 6,9 mil em Medianeira e 1,1 em Marechal Cândido Rondon, ambas no Paraná.

“No total (das atividades da cooperativa, o que inclui produtos de carne e laticínios) deixamos de faturar em torno de R$ 50 milhões e absorvemos um custo fixo de R$ 10 milhões nesses dias. O prejuízo de produtos que estragaram nas viagens e retornaram ficou em torno de R$ 5 milhões”, avalia o diretor executivo da Frimesa ,Elias José Zydek.

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Agora, com o retorno do expediente no s frigoríficos, o momento é de dar vazão à matéria-prima, avalia o diretor. Ele destaca que não estão programados cortes de pessoal, mas que foram suspensos os investimentos até o final do ano.

“Teremos também forte redução de despesas [em gastos] como comunicação e na área administrativa”, afirma Zydek. A Frimesa espera recuperar o faturamento perdido através da ampliação de rede de vendedores, com uma atuação mais agressiva no mercado, avalia o diretor.

A C.Vale, de Palotina, também já voltou a abater o mesmo montante de antes da paralisação dos caminhões. A cooperativa possui o maior frigorifico de peixes do Brasil e realiza o abate de 530 mil aves por dia. Por meio de nota, afirmou que “se organizou para atender seus associados, clientes e fornecedores sem prejuízos com cortes de funcionários”.

Segundo a cooperativa, o prejuízo estimado com a greve foi de R$ 7,5 milhões por dia, considerando o valor bruto, e de R$ 2 milhões por dia em valores líquidos.

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