O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta segunda-feira (20), que os frigoríficos investigados pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal (PF), não poderão exportar, mas continuam autorizados a vender ao mercado doméstico sob um regime especial de fiscalização. Mesmo com os problemas mencionados pela investigação, o ministro reafirma a confiança na carne brasileira e lembra que o sistema de fiscalização do Brasil não foi quebrado e o problema foram algumas pessoas.
Ao lembrar que a investigação levou dois anos e casos reportados se referem muito provavelmente a produtos que não estão mais no mercado, Maggi explicou que os frigoríficos citados estão passando por um processo especial de investigação e poderão continuar vendendo ao mercado doméstico, o que deve prevalecer por pelo menos três semanas. “O consumidor pode consumir com tranquilidade o produto brasileiro”, disse em entrevista na portaria do Ministério.
Para o ministro, não há nenhuma preocupação para o consumidor brasileiro, que continua sendo protegido pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura. “O SIF não está sob suspeita. O que está sob suspeita são as pessoas”, disse o ministro. “Espero deixar o assunto circunscrito aos 21 frigoríficos citados na investigação.”
Quando há problema, frigoríficos podem fazer um recall da carne - com a retirada do produto do mercado. Essa solução foi adotada pela BRF, que está retirando lotes com o selo de inspeção “SIF 1010”. Maggi disse ainda que o ministério está colhendo amostras de carne nos supermercados e, caso encontre problemas, vai recomendar a retirada das mercadorias.
Maggi fez questão de frisar que toda a preocupação do Ministério da Agricultura diz respeito à sanidade dos produtos brasileiros. “A corrupção é uma questão da Polícia Federal”, disse Maggi. “Não vamos nos contrapor à ação da Polícia Federal”, disse.
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