O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou nesta quinta-feira (26) que tentará reverter a suspensão de compra de carne bovina e suína de dez frigoríficos brasileiros pela Rússia. Segundo a assessoria de comunicação do órgão, será enviado às autoridades russas um documento reiterando as ações desenvolvidas pelo setor privado para sanar inconformidades, com compromisso de correção das mesmas. O comunicado será construído com auxílio da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), que estiveram reunidas com o governo.
Após visita ao Brasil entre junho e julho, o Serviço Federal de Fiscalização Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) enviou esta semana ao Brasil relatório preliminar sobre a inspeção feita em empresas brasileiras na ocasião. O documento ainda está sendo traduzido para o português e o inglês, mas o Ministério da Agricultura confirmou que houve embargo aos frigoríficos. O Ministério da Agricultura só responderá oficialmente ao relatório depois de concluída a tradução.
De acordo com o órgão, os novos embargos atingem uma unidade produtora de carne suína e nove de carne bovina. A empresa de carne suína embargada é a Pamplona, em Santa Catarina. Quanto à carne bovina, a decisão abrange seis unidades da JBS em Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Andradina (SP), Barretos (SP), Ituiutaba (MG) e Marabá (PA). Engloba ainda duas unidades da Minerva, em Araguaína (GO) e Barretos (SP), e uma da Marfrig, em Bataguassu (MS).
A Rússia havia embargado a carne bovina, suína e de aves de três estados brasileiros: Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul. Após um ano e cinco meses de negociação, houve acordo entre os países para retomada das compras este ano, mas as empresas ainda precisam enviar uma extensa documentação ao país europeu antes de serem liberadas para voltar a exportar.
A Rússia é o segundo maior comprador da carne brasileira, atrás de Hong Kong. Para mantê-la como importadora, o Brasil tem optado por acatar às exigências do país quanto à carne. Segundo Fernando Sampaio, presidente da Abiecs, elas são mais rigorosas do que as de outros compradores. "O Brasil vende carne para 130 países, que aceitam suas garantias sanitárias. A Rússia tem exigências adicionais. Insistiram muito com relação a um promotor de crescimento, chamado raquitopamina. É proibido no Brasil para bovinos e tem monitoramento do Ministério da Agricultura. Mas eles querem que todas as plantas [de empresas] tenham controles e análises a respeito", exemplificou.
Com as novas restrições cai para 14 o número de frigoríficos habilitados a vender carne bovina para o país europeu.
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