O Senado aprovou na noite desta quarta-feira (29) a criação de uma comissão externa para analisar a comissão vai apurar se houve abuso de autoridade e quais os impactos mercadológicos da Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. O requerimento é de autoria do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL) e da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO).
A comissão, composta por seis membros titulares e outros seis suplentes, terá seis meses para funcionar. Neste período, o colegiado também poderá realizar audiências públicas, requerer informações de órgãos do governo e promover reuniões com organismos internacionais.
No requerimento, Renan e Kátia afirmam que não “parece nada justo que a elevadíssima qualidade das carnes brasileiras seja toda colocada em xeque em decorrência das apurações de irregularidades conduzidas pela operação”. “Não se pode, em hipótese alguma, aceitar pacificamente a condenação de todo um rigoroso sistema de inspeção sanitária, de padrão internacional, em decorrência da irresponsabilidade inconsequente de agentes públicos, mantidos nos seus cargos por apadrinhamento político e, não, por mérito, que negligenciam de maneira deliberada a sua nobre função de servir ao bem comum”, diz o texto.
Ainda de acordo com o requerimento, “não há muito motivo para alarde”. “Após dois anos de investigações sigilosas, foram encontradas irregularidades em apenas 21 das 4.837 plantas frigoríficas do Brasil. E dos mais de 11 mil servidores do Ministério da Agricultura, sendo 2.700 do Serviço de Inspeção Federal (SIF), apenas 33 estão sendo citados nos relatórios da PF”, afirmam os senadores em outro trecho.
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