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O governo brasileiro tentará destravar a exportação de carne suína para a Coreia do Sul durante a visita da presidente do país, Park Geun-hye, à presidente Dilma Rousseff na próxima sexta-feira (24), em Brasília. O tema das exportações será um dos pontos centrais do encontro entre as chefes de Estado, que deve incluir investimentos no setor automotivo, ciência e tecnologia e educação.

O país do Leste da Ásia é o sétimo maior parceiro comercial do Brasil no mundo e o terceiro na Ásia. No entanto, a balança comercial é contra o país. O fluxo comercial fechou 2014 em US$ 12,3 bilhões, com déficit de US$ 4,7 bilhões. Este ano, o comércio está em US$ 2,5 bilhões, com déficit de US$ 1,04 bilhão. Apesar de pequeno em área, a Coreia do Sul tem 50 milhões de habitantes e é a 13ª economia do mundo.

O Brasil tenta melhorar a pauta de exportações para o país, e uma das metas é conseguir a liberação da venda de carne suína de Santa Catarina, único estado brasileiro livre de aftosa sem vacinação. De acordo com o subsecretário-geral Político II do Itamaraty, embaixador José Alfredo Graça Lima, a Coreia ainda não aceita a chamada regionalização - ou seja, a apresentação de certificados sanitários de uma região apenas, não de todo o país. Esse é o ponto que tenta ser revertido. Isso porque a carne de Santa Catarina já tem todas as certificações internacionais exigidas pelos compradores coreanos, mas o mesmo não ocorre com o restante do Brasil.

A exportações brasileira é em mais de 70% concentrada em produtos primários, especialmente minério de ferro, milho, algodão e soja. Do outro lado, quase 100% das exportações sul-coreanas são de manufaturados, incluindo máquinas, automóveis, combustíveis e plásticos.

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