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vírus letal

Febre africana avança e assusta país com mercado suíno de US$ 3,3 bilhões

 | JONATHAN CAMPOS/GAZETA DO POVO
(Foto: JONATHAN CAMPOS/GAZETA DO POVO)

As autoridades de saúde de vários países do sudeste asiático intensificaram as fiscalizações sanitárias na fronteira após um terceiro foco da febre suína africana ter sido detectado na província de Yunnan, no sudoeste da China.

O virus de rápida propagação foi encontrado numa criação de suínos de fundo de quintal na vila de Guanfang, cerca de 200 quilômetros da fronteira da China com Miamar e Laos e próximo da Tailândia. Segundo Laure Weber-Vintzel, representante da Organização Mundial de Saúde em Bangkok, os vizinhos reforçaram o controle de tráfego de pessoas, animais e produtos vindos da China.

“O virus está se espalhando de forma extremamente rápida pela China, o que só aumenta o desafio para controlar o transporte de suínos e derivados”, disse Weber-Vintzel numa entrevista por telefone. “Alimentos derivados de suínos infectados têm um papel importante na difusão da doença que não pode ser subestimado”.

O novo foco em Yunnan “provavelmente representa um aumento do risco sanitário” por causa de sua proximidade com a fronteira, o que torna ainda mais séria a ameaça de contágio internacional pelo movimento de pessoas de um lado para outro carregando o vírus, que pode viajar longas distâncias em salames e embutidos.

Para Surachai Sutthitham, president da Associação dos Criadores de Suínos da Tailândia, este último foco da doença é a maior ameaça atual para a suinocultura do país, que movimenta US$ 3,3 bilhões.

“É o momento mais preocupante em 17 anos de presidência da associação”, afirmou Surachai. “O governo deve se preparar para reagir a um foco da doença e fazer o que for possível para evitar que ela chegue à Tailândia”.

Catorze províncias chinesas já registraram casos de suínos infectados desde que a febre suína africana começou a se espalhar, em agosto. Segundo um relatório de 1º de novembro do Centro de Controles de Doenças Animais da China, destinado à Organização Mundial de Saúde Animal, com sede em Paris, as autoridades veterinárias chinesas impuseram um rígido controle do movimento de animais, reforçaram ações de fiscalização e vigilância e determinaram quarentena nas granjas infectadas para tentar descobrir a fonte do problema.

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