Uma das principais marcas de carne suína do Paraná, a Alegra Foods desembarcou nesta quarta-feira (16) em Xangai para a Sial China: a feira mais importante da Ásia no segmento de alimentos, que segue até sexta-feira (18).
A Alegra está habilitada para exportar para 29 países. Contudo, a China ainda não está nessa lista. “Temos clientes do mundo todo que participam dessa feira. Além disso, existe uma forte relação entre China e Hong Kong, onde já somos habilitados. Isso acaba gerando uma sinergia”, explica Ivonei Durigon, superintendente da unidade industrial da Alegra.
A ação será realizada lado a lado com outras dez empresas exportadoras de aves e suínos do Brasil, como Coasul e BRF. A participação está sendo promovida em conjunto pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Habilitação premium
Segundo Durigon, a nova habilitação pode acontecer já nos próximos meses. “Isso depende da inspeção de veterinários chineses que irão visitar o Brasil. Eles não terão na agenda visitas específicas, mas já nos colocamos à disposição. Nossa planta é nova e moderna”, destaca.
Sócio da exportadora LP Export, Luciano Colonetti afirma que o trabalho junto a um país acontece antes mesmo da liberação formal dos governos. A LP é responsável pelas exportações da Alegra e Colonetti e conta que é preciso apresentar o projeto para distribuidores, importadores e redes de supermercado:
“O projeto da Alegra é diferenciado no Brasil. As exportações, efetivamente, começaram há três anos, mas o trabalho inicial já tem seis anos. Estamos nos esforçando para que a habilitação oficial ocorra nos próximos meses, mas antes estamos fazendo a divulgação, já que muitos supermercados, hotéis e restaurantes querem um produto Premium, de carne mais magra, com corte especial e sem ractopamina e sem hormônios”, explica o especialista, destacando as características da produção da Alegra.
Atualmente, a Alegra exporta cerca de 2 mil toneladas de carne e 6 mil toneladas de comestíveis e processados. Isso representa 25% da produção. “Nosso foco é manter um volume de exportações entre 25% e 35%”, afirma Durigon.
Com a presença na feira asiática, o objetivo é alcançar não apenas a China, mas também outros mercados próximos. “Sabemos que não vai ser fácil, mas estamos indo muito bem em Hong Kong, Cingapura, Dubai, Argentina, Ilhas do Caribe e ainda no Oceano Índico”, informa Luciano Colonetti.
Movimento nos estandes para essa difusão não deve faltar. Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em 2017, a Sial China teve 3,2 mil expositores de 67 países e contou com mais de 100 mil visitantes. A área reservada ao Brasil será dividida em dois pavilhões: 200m² para segmentos diversos e 50m² para proteína animal, sendo que cada espaço terá áreas individuais para as empresas participantes.