Tradicionalmente, a carne moída é mais barata. E o preço pode cair ainda mais, já que o Grupo Pão de Açúcar está em fase de testes de mercado de um novo produto:a carne suína moída. As vendas começam neste mês no estado de São Paulo e devem ser expandidas para praças do Paraná e Rio de Janeiro em 2019.
Com a previsão de 10% de participação no volume das vendas de carnes suínas resfriadas nas redes do GPA, a carne de porco moída será feita a partir de cortes premium do animal. O grupo afirma que a novidade é exclusiva e comercializada em bandejas resfriadas produzidas diretamente por parceiros da indústria.
Carne suína moída
A iniciativa pode elevar ainda mais o consumo dessa proteína, que está presente em 75% dos lares brasileiros, com mais de 430 mil de toneladas consumidas ao ano, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). A opção é a terceira proteína animal mais consumida do Brasil (atrás do frango e bovinos, respectivamente) e a primeira do mundo.
De acordo com a ABCS, são considerados cortes nobres do suíno opções como o miolo da paleta e o pernil, sendo um dos atrativos da carne moída de porco o preço, em média 25% menor que o da bovina.
André Artin, gerente de desenvolvimento do GPA, afirma que a opção busca simplificar as opções de consumo: “A carne suína tem passado por uma grande transformação ao longo dos últimos anos, tornando-se, com base em melhoramento genético e nutricional, em uma fonte de proteína cada vez mais saudável e com diversas opções e variedades de cortes”.
A novidade e passou pela aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O setor produtivo também apoiou a ideia: “Temos certeza que esta novidade será bem aceita pelos consumidores e aumentará o espaço da nossa proteína nas gôndolas, trazendo resultados positivos para toda a cadeia”, afirma o presidente da ABCS, Marcelo Lopes
Em 2017, o consumo per capta de carne suína no Brasil foi de 14,7 quilos por ano, contra 42 kg de frango e com 32,5 kg de carne bovina, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Em países como a China, o consumo de carne suína é a primeira opção de proteína animal, com consumo de 40 kg por ano. Em alguns países da Europa, são 30 kg anuais por pessoa.