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| Foto: JONATHAN CAMPOS/GAZETA DO POVO

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, informou nesta quarta-feira, 31, que a Rússia reabriu o mercado para carnes suína e bovina do Brasil. Direto de Dubai, nos Emirados Árabes, ele agradeceu, em vídeo, ao presidente Michel Temer por ter “se empenhado pessoalmente e a todos os produtores e frigoríficos”, além de seu time no ministério e à equipe diplomática no mercado russo. “É difícil abrir mercado, fácil perder mercado, muito mais difícil reconquistar os mercados. Então, estamos todos muito felizes hoje”, afirmou.

Maggi segue em missão rumo à China, onde participará de evento em Xangai.

O embargo russo se deu em 2017 por causa da presença de ractopamina em produtos de origem animal oriundos de quatro plantas frigoríficas do Brasil. A ractopamina, que não causa danos à saúde, é uma substância permitida no Brasil, mas proibida na Rússia. O país, até o bloqueio, respondia por 40% das exportações de carne suína brasileiras.

Antes de partir para a missão diplomática, na semana passada, Maggi reafirmou ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que não estava em débito com as exigências pedidas pelo governo russo e, portanto, não era possível prever se as liberações para retomada dos embarques poderiam ocorrer neste ano ou no próximo. “Podem acontecer a qualquer momento”, disse.

A suspensão das importações de carne brasileira tem sido uma das principais queixas do setor pecuário brasileiro, especialmente a suinocultura, cujo principal importador era a Rússia. Com o fim das exportações para o país asiático, a produção nacional de suínos se viu sem opção diante da alta no preços dos insumos e a queda do consumo no mercado interno.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, comemorou a reabertura do mercado russo para a carne suína brasileira, que, segundo a associação, foi anunciada pelo Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária Russo (Rosselkhoznadzor). “A retomada deste mercado tem um significado importante, em especial, pela representatividade que a Rússia desempenhou nos últimos anos, como principal destino das vendas brasileiras”, afirmou Turra.

As cargas brasileiras poderão ser embarcadas para o território russo a partir de 1º de novembro. Foram reabilitadas 4 plantas localizadas no Rio Grande do Sul, das empresas Alibem Alimentos, da Adele Indústria de Alimentos e da Cooperativa Central Aurora Alimentos, segundo a ABPA.

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