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Segundo ABPA, alta foi motivada pelo mercado aquecido no leste europeu. | JONATHAN CAMPOS/GAZETA DO POVO
Segundo ABPA, alta foi motivada pelo mercado aquecido no leste europeu.| Foto: JONATHAN CAMPOS/GAZETA DO POVO

A crise andou passando longe das granjas brasileiras e o país exportou, de janeiro a novembro de 2016, 585,6 mil toneladas de carne suína, 34,6% a mais do que as 435 mil toneladas no mesmo período do ano passado.

O resultado de “peso” fez diferença também na balança comercial, em dólares. A receita das vendas externas no acumulado de 2016 está em US$ 1,251 bilhão, superando em 14,2% o saldo do ano anterior, de US 1,096 bilhão. Somente em novembro, as exportações renderam US$ 152,8 milhões, desempenho 25,3% maior que os US$ 121,9 milhões do ano anterior.

“Um dos grandes destaques deste mês foi a Rússia, a principal importadora de carne suína brasileira. Este é o período em que o Leste Europeu intensifica suas compras, adiantando importações para evitar os problemas logísticos causados pelo duro inverno na região”, explica Rui Eduardo Saldanha Vargas, vice-presidente técnico da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Frango

Já para o frango, o ano não tem sido dos melhores. O volume exportado aumentou em 3% no acumulado do ano, chegando a 4,022 milhões de toneladas, mas as receitas caíram 4,4%. Ao todo, as vendas internacionais ficaram em US$ 6,567 bilhões. No ano passado, de janeiro a novembro, estavam em US$ 6,567 bilhões.

Além da dificuldade em receita, o volume exportado vem desaquecendo nos últimos meses. Em novembro, a queda foi de 15,5%. “A retração dos volumes embarcados nos últimos dois meses tem, entre outras causas, a desaceleração da produção brasileira, decorrentes da crise de insumos vivida em 2016. Com a menor escala, as agroindústrias brasileiras estão equilibrando a oferta para o mercado interno e externo”, explica Francisco Turra, presidente da ABPA.

“Em novembro também vimos ocorrer um movimento semelhante ao de outubro, especialmente na Ásia, em virtude de adequações de mercado e da suspensão da habilitação de cinco plantas que exportavam para a China”, explica Ricardo Santin, vice-presidente de mercados da ABPA.

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