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CARNE FRACA

Procon-PR orienta varejistas a não venderem carne de 3 dos 21 frigoríficos investigados

Plano de comunicação sobre o recall deverá ser divulgado até a próxima segunda-feira (27) | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Plano de comunicação sobre o recall deverá ser divulgado até a próxima segunda-feira (27) (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)

Após o anúncio de que as carnes de três dos 21 frigoríficos investigados pela operação Carne Fraca passarão pelo chamado recall , que é quando o fabricante é obrigado a retirar os produtos do mercado, o Procon-PR notificou a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) para que ela oriente seus associados a retirarem os produtos das três marcas da área de venda. O órgão também orienta os clientes a perguntarem a procedência da carne que estão comprando e a recusarem se elas forem desses frigoríficos.

Os alvos da ação são os frigoríficos Souza Ramos, Transmeat e Peccin. Eles não se pronunciaram sobre a decisão da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que deu cinco dias – contados desde a última quinta-feira (23) – para que as três empresas deem início ao recall. O plano de comunicação ao consumidor e a retirada do produto deverão ser feitos pelas próprias empresas.

Em nota, a Senacon informou que “todos os produtos com origem nos três estabelecimentos devem ser recolhidos, com o devido reembolso ao consumidor daquilo que for por ele restituído aos pontos de venda”.

Para saber se a carne que está em sua geladeira é de um três frigoríficos, o consumidor terá de observar o código do Sistema de Inspeção Federal (SIF). Cada frigorífico tem um número de SIF: o da Peccin é 2155; o da Souza Ramos é 4040; e o da Transmeat é 4644. Se o selo da embalagem da carne contiver um desses números, o cliente deverá esperar o plano de comunicação sobre o recall para depois saber onde devolverá o produto e como será reembolsado.

Auditoria

A operação Carne Fraca foi deflagrada no último dia 17 após dois anos de investigação sobre a conduta de funcionários de frigoríficos e servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A Senacon disse que imediatamente abriu procedimentos para apuração dos fatos, notificando as empresas JBS, BRF, Peccin, Larissa, Mastercarnes e Souza Ramos – todas citadas na investigação da Polícia Federal.

A Senacon informou ainda que constatou após a auditoria iniciada na segunda-feira (20) nos 21 frigoríficos que a unidade da Souza Ramos em Colombo (PR), “não detém controle dos processos relacionados a formulação e rastreabilidade de seus produtos não garantindo a inocuidade dos produtos elaborados.” Já sobre o frigorífico da Transmeat, que fica em Balsa Nova (PR), a auditoria do ministério apontou que “o estabelecimento não detém controle dos processos relacionados à rastreabilidade dos produtos”. Em relação à unidade da Peccin de Curitiba, o ministério identificou “suspeita de risco à saúde pública ou adulteração.”

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