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Entre os que adotam o sistema está o produtor Maicon Keiti Kato, do município de IV Centenário, a 90 quilômetros de Campo Mourão. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Entre os que adotam o sistema está o produtor Maicon Keiti Kato, do município de IV Centenário, a 90 quilômetros de Campo Mourão.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Os produtores da região de Campo Mourão, no Noroeste do Paraná, apostam todas as fichas na soja de ciclo mais curto para poderem colher mais cedo e cultivar o milho segunda safra, conhecido como safrinha. A região está com o plantio adiantado em cerca de 10 dias, com conclusão dos trabalhos em 70% das lavouras, até o momento. Apenas em trechos isolados na região ainda não há plantas de soja nascendo, como constatou nesta terça-feira (25) a Expedição Safra.

A cooperativa Coamo, principal referência do mercado de grãos sediada na região, é responsável por 8% de toda a produção das cerca de 100 milhões de toneladas de soja colhidas no país. A instituição revela que os produtores aumentaram a área destinada à cultura da soja de olho no plantio do milho safrinha. “No ciclo 2015/16 foram 1,115 milhão de hectares e neste ano serão 1,272 milhão na área de abrangência da cooperativa, que está os estados de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul”, diz Lucas Gouveia Vilella Esperandino, supervisor de assistência técnica da Coamo.

Logo após colher o milho safrinha, vários produtores locais relatam uma prática comum na região, para poder fazer o plantio direto (em cima da palhada da cultura anterior). Logo após a colheita do milho safrinha, uma cultura de inverno é implantada, como a aveia, por exemplo. Poucos dias antes de o governo permitir o plantio da soja (lei do vazio sanitário), mesmo com a cultura de inverno ainda em desenvolvimento, os produtores dessecam-na e assim obtém a palhada necessária para o plantio direto.

Entre os que adotam o sistema está o produtor Maicon Keiti Kato, do município de IV Centenário, a 90 quilômetros de Campo Mourão. Usando a tática neste ciclo, a estimativa dele é de colher em seus 970 hectares uma média de 72 sacas por hectare de soja e depois 140 sacas de milho safrinha por hectare, na mesma quantidade de área. No ano passado ele colheu 71 sacas por hectare, de soja, e 124 sacas por hectare, de milho. “Acredito no aumento porque neste ano o clima deve ser mais favorável e eu investi mais em tecnologias que vinha testando nos anos anteriores”, estima.

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