Curitiba recebe esta semana o Fórum Regional de Logística e Infraestrutura Portuária – Sul Export. O encontro, que ocorre de segunda e terça serve para debater inovações e desafios para a eficácia dos portos brasileiros, em especial da Região Sul, e de todo o setor de logística nacional.
A abertura do evento contou com a participação do Secretário Nacional de
Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni;
do presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Jesualdo
Silva; e o diretor-executivo da Associação Brasileira dos Terminais e
Recintos Alfandegados (ABTRA) e Presidente do Brasil Hack Export, Angelino
Caputo e Oliveira, entre outras autoridades ligadas ao setor.
“Gostaríamos de afirmar que infraestrutura é, para nós, uma agenda de Estado, não de Governo. Estamos trabalhando em muitas frentes. Faremos um investimento de R$ 50 bilhões em infraestrutura em oito anos e, no setor portuário, até 2022, haverá mais 30 leilões para as áreas portuárias, que receberão investimentos de mais de R$ 10 bilhões”, disse Diogo Piloni.
De acordo com ele, o transporte aquaviário no país é visto de forma sistêmica, onde todos os pontos recebem atenção e o trabalho é feito em sinergia. Para ele, o projeto BR do Mar (sobre mudanças na cabotagem) é um exemplo.
“Tivermos coragem para fazer e levar adiante. Estamos debatendo com o Parlamento e com o setor. Queremos abrir para novas empresas, tornar mais competitivo o mercado para nós, reduzindo impostos e atuando juntos aos estados”, afirmou.
O Secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura afirmou também que o Governo Federal tem trabalhado para que não só a produção no Brasil seja competitiva, mas a logística também. “Com essa revisão do sistema de cabotagem e com o olhar para os portos e ferrovias, teremos a redução do custo Brasil, do custo da logística.”
Outro destaque na abertura do encontro foi dado pelo presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP). Jesualdo Silva lembrou a força de trabalhadores dos portos brasileiros, que mantiveram o abastecimento do país e também as exportações durante essa pandemia.
“Os portos no Brasil funcionaram 24 horas por dia e o abastecimento não se restringiu com a Covid-19. Fizemos uma operação de guerra, salvamos vidas”, analisou, lembrando que 96% do fluxo do comércio exterior brasileiro passam pelos portos. Por isso, vamos debater novos investimentos e temas importantes como dragagem permanente e manutenção de calados adequados nos portos”, afirmou Jesualdo.
Luiz Fernando Garcia, presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), lembrou que os portos brasileiros, em especial os do Sul, mantiveram crescimento mesmo diante à crise do novo coronavírus. “Paranaguá cresceu 10%, Itajaí (SC) teve aumento de 6,7% e os do Rio Grande do Sul de 12%. Somos estados vizinhos do Mercosul e temos muito a avançar, podemos e vamos crescer. Por isso, temos que debater o calado dinâmico, a lama fluída e a desestatização do setor”, disse Garcia.
Os próximos eventos em relação aos portos brasileiros serão dias 19 e 20 de outubro (Portos do Sudeste); 26 e 27/10 (Portos do Nordeste); 9 e 10/11 (Portos do Centro-Oeste); e 23 e 24/11 (Portos do Brasil).
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