A união cooperativa Unium anunciou dois investimentos que totalizam R$ 125 milhões e devem movimentar a economia do estado. O primeiro será a inauguração de uma fábrica de leite em pó. O segundo será uma usina de biogás. As inaugurações estão previstas, respectivamente, para agosto e setembro de 2019.
Ambas as unidades ficarão em Castro, nos Campos Gerais, próximas às três cooperativas que há exatamente um ano anunciaram a formação da marca institucional Unium: Castrolanda, Capal e Frísia.
Usina de Biogás
A usina irá receber R$ 10 milhões em investimentos, inicialmente, irá gerar energia elétrica, mas também poderá gerar biometano e fertilizante organomineral, explica o gerente de marketing da Unium, Cracios Consul:
“Nosso propósito é aproveitar os dejetos disponíveis das criações de suínos e bovinos de nossos cooperados. Essa usina representa um quarto negócio para nós, além de carne suína, lácteos e trigo. A tendência é crescer cada vez mais”.
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Segundo ele, a usina abriga tecnologia alemã e irá fornecer parte da energia consumida pela Unidade Beneficiamento de Lácteos e pelo frigorífico da Alegra, uma das marcas assinadas pela Unium. Futuramente, se houver excedente de energia poderá ser vendido ao estado.
“Nossas cooperativas têm visitado a Europa nos últimos três anos para buscar referências em energias renováveis, com o intuito de atingir metas firmadas no Acordo de Paris, que foca no aumento da participação da bioenergia sustentável na matriz energética brasileira para 18%”, destaca.
Fábrica de leite em pó
O restante do investimento está sendo direcionado à fábrica de leite em pó, construída ao lado da Unidade de Beneficiamento de Leite (UBL) da Unium, também em Castro. As obras já estão em andamento e, quando concluída, terá capacidade de processamento de 500 mil litros por dia.
“É um investimento pesado em duas torres de secagem [de leite] que vão permitir a redução da sazonalidade do leite, já que em uma época do ano há maior disponibilidade e em outra menos. O leite em pó será um regulador”, explica o diretor de marketing.
A unidade irá fornecer leite em pó tanto para o varejo quanto para outras indústrias, mas prevê que a maior parte seja direcionado a companhias que produzem alimentos. “O grande uso é na indústria de sorvetes, biscoitos, entre outros. Mas é o mercado que vai determinar nossa atuação”, afirma Cracios. Ele prevê, contudo, que provavelmente dois terços da produção serão para outras empresas.
Apesar de não divulgar exatamente o número de empregos, as duas novas unidades devem gerar alguns postos de trabalho qualificados na região.
Expansão de negócios
No primeiro ano da criação da marca Unium, a empresa ainda destaca que expandiu os negócios de carne suína. Há um ano, a Alegra enviava produtos para 25 países. Hoje, no mercado externo, são 1.550 clientes em 30 países. “No Brasil, já fornecemos para 18 estados. Cerca de dois terços ficam no mercado interno”, revela Cracios. A marca Alegra já existe há três anos e foi um dos motivadores da criação da Unium:
“A intercooperação já vinha atuando há alguns anos e sentíamos falta de uma marca para assinar os produtos que são feitos em conjunto. Colocar três marcas na mesma embalagem seria algo impraticável”, lembra o gerente de marketing.
A carne suína representa próximo a um terço dos negócios. Outros dois terços do faturamento da Unium vem da indústria de lácteos. Em torno de 10% vem do trigo, que ganha cada vez mais espaço na união cooperativa. Antes focado no fornecimento de farinha para empresas, há três meses a Alegra lançou uma marca própria de varejo. “Em três meses já fornecemos para mais de 30 clientes”, completa Cracios.
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