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Silvan Dalbello, presidente da Assovepar | Lucas Pontes/Gazeta do Povo
Silvan Dalbello, presidente da Assovepar| Foto: Lucas Pontes/Gazeta do Povo

Mercado

No Paraná, segmento cresce 6,3% em um ano

Ao contrário dos zero km, a venda de carros usados e seminovos no Paraná aumentou em 6,3% em 2014 em relação ao período anterior, conforme a Assovepar. Este foi o quinto ano seguido de aumento no setor. Nos 12 últimos meses, foram negociadas 970.521 unidades, contra 912.647 em 2013. O cálculo considera as classes de automóveis e comerciais leves. Entre os seminovos, que compreendem os modelos com até três anos de uso, o crescimento foi mais significativo: de 9%, de acordo com a Fenauto, federação que representa as revendas.

Para este ano, a estimativa da associação do Paraná é de que o mercado tenha um crescimento de 5%. Entre outros fatores, o aumento será incentivado pela volta do IPI, que encareceu os novos, avalia a entidade. As maiores restrições ao crédito e a exigência dos bancos de uma entrada mínima de 20% nos financiamentos fez com que as parcelas mais baixas dos usados se tornassem um atrativo a mais para este mercado, acrescenta a Assovepar.

1. Documentos em dia

O primeiro passo para não entrar numa fria é verificar se a documentação do carro está em dia e se a loja é confiável. De acordo com o presidente da Associação de Revendedores do Paraná (Assovepar), Silvan Dalbello, uma forma de se garantir é verificar se o estabelecimento consta na relação de associados, que pode ser consultada no site da entidade (www.assovepar.com.br).

Além disso, o cliente pode solicitar o número do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) e fazer uma consulta no Detran para verificar se o modelo possui alguma pendência, como IPVA e DPVAT, ou multas não quitadas. Outra opção é pedir o laudo técnico da perícia do carro, que é feito pelas revendas.

2. Mecânica e revisão

Para certificar-se de que está em boas condições de uso, o comprador deve pedir o manual do carro para ter a certeza de que foram feitas todas as revisões. Senão, o condutor tem a opção de solicitar o laudo técnico para saber se o veículo passou por algum sinistro. Ele pode ainda levá-lo a um mecânico de confiança, para fazer a vistoria na hora, ou contratar uma empresa que faça esse tipo de serviço.

O diretor do Auto Shopping Curitiba, Altair Daru, aconselha que o cliente esteja atento a diferenças no tom da pintura, o que indica batidas, e no motor, no câmbio e nas pastilhas de freio. O Código de Defesa do Consumidor determina que as lojas ofereçam no mínimo três meses de garantia para problemas nas marchas e no propulsor.

3. Atenção à quilometragem

A quilometragem é outra forma eficiente de garantir que o modelo passe por menos manutenções no futuro. O diretor Comercial de Seminovos e Usados da Corujão, concessionárias VW, Antônio Carlos Altheim, afirma que a partir dos 60 mil km há mais chances de o modelo apresentar desgaste. Além disso, carros com 10 mil a 50 mil km podem ter a vantagem de estar na garantia da fabricante, que chega a até três anos, acrescenta ele.

Uma dica para ter certeza de que a quilometragem real corresponde à indicada no hodômetro é observar se o volante, a manopla de câmbio e os pedais apresentam sinais de desgaste. Se eles estiverem mais ‘gastos’ do que a quilometragem indicada, há risco de adulteração.

4. Dê uma volta antes

Não é só entre os novos que o test-drive mostra-se uma ferramenta determinante para a compra de um automóvel. Dar uma volta com o usado ou o seminovo é uma maneira de saber se ele é tão bom na prática quanto na aparência.

Colocar a família dentro do carro, verificar o tamanho do porta-malas, checar o funcionamento dos itens de conforto, como ar-condicionado, e ‘sentir’ o motor são maneiras de escolher o carro que se encaixe às suas necessidades. Olhar com atenção para a condição dos pneus também pode evitar um gasto a mais logo após sair da loja. Caso o modelo tenha sido descontinuado, pesquise a disponibilidade de peças e o valor do seguro.

5. Cuidado ao comprar de terceiros

Uma outra possibilidade aos clientes é comprar o carro de terceiros em vez de uma revenda. Mas, nestes casos, a atenção deve ser redobrada. Combinar de encontrar com o vendedor em um local movimentado e sempre acompanhado de outras pessoas são medidas de segurança importantes. Observar o veículo em um local iluminado é outra precaução para facilitar a análise do veículo.

O diretor Comercial do Corujão alerta também que preços muito abaixo dos praticados no mercado são motivo de desconfiança. Portanto, estar por dentro dos valores negociados nas lojas e os que são usados como referência na tabela Fipe é uma das formas de evitar dores de cabeça.

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