Uma pisada mais forte no acelerador já é o suficiente para entender por que o Ford Mustang atrai uma legião de admiradores há mais de 40 anos. Além do tremendo ronco de seu motor V8, o carro também seduz pela sua aparência agressiva e pelo corcel, símbolo da marca, na grade do radiador.
O empresário Aguilar Borsato Silva, 42 anos, de Curitiba, sabe bem o que os encantos desse esportivo é capaz. Cresceu embalado pela música que entoava por debaixo do capô do modelo "hard top" (teto rígido), ano 67, adquirido em 1973 pelo pai Aguilar Siqueira Silva, um "mustangmaníaco" assumido que chegou a ter outros três modelos. Não precisar dizer que Aguilar acabou herdando não só a paixão pelo pony-car americano como também o próprio carro.
A febre do Mustang no Brasil, resgatada com o longa-metragem 60 Segundos (2000), cuja estrela do filme é um modelo Shelby GT 500 1967, fez o empresário perceber que a sua relíquia merecia um tratamento especial. A customização foi a forma escolhida para deixar o carro com uma cara ainda mais exclusiva. Primeiro, desmontou o Mustang por completo. Quem o viu só na carcaça não acreditava que dali poderia surgir um dos mais belos representantes da paixão "mustangueira".
A pintura precisou de dez latas de tinta e a mistura de vários tons para se chegar a cor "azul da China". "Busquei um cor escura que realçasse ainda mais as partes cromadas", observa. A suspensão foi rebaixada e adicionadas rodas TSW de 19 polegadas, com pneus Yokohama maiores na traseira (275/30) que na frente (235/35).
O motor 289 V8 (4,7 l) permaneceu o de fábrica, porém, recebeu um preparação de fazer inveja a muitos carros de competição. Com os pistões forjados, a capacidade cúbica subiu para 308 pol· (5,05 l). Ganhou ainda o reforço de um carburador quadrijet Holley de 600 cfm; um distribuidor Mallory; um comando de válvula e um coletor de escape, ambos Edelbrok; além de um cilindro de nitro NOS. Tudo isso deixou o Mustang com 300 HP bruto e mais 150 HP fornecidos pelo óxido nitroso. Para completar o estilo "bad boy", a grade do radiador foi esculpida artesanalmente e levou um mês para ficar pronta.
Por dentro, Aguilar manteve a originalidade do painel e do volante, recuperando o ar nostálgico do veículo ao adotar a cor creme nos assentos de couro e forrações. No console central, desenvolvido pela imaginação do empresário (não vem no modelo original), se esconde uma "caixinha" automatizada que guarda o acionamento do NOS. Não poderia faltar um discreto, mais agradável sistema de som formado por um DVD com uma tela de 7". O toque final ficou por conta da logo do cavalo prateado, que enfeita da pedaleira ao miolo da roda.
Da mesma forma que herdou do pai, Aguilar acredita que passará o Mustang 67 para o filho, Felipe, de 16 anos, que participou de todo o processo de customização do veículo. "Ele costuma dizer que como primeiro carro dele tá de bom tamanho", brinca o empresário.
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