A troca de óleo merece atenção

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Escolher o óleo correto para o carro e fazer as trocas nos pe­­ríodos recomendados são medidas simples que garantem o bom funcionamento do motor. Apesar de ser um cuidado de rotina, muitos motoristas ainda têm dúvidas sobre esse procedimento. Marcelo Beltran, gerente técnico da Total Lubrificantes, a quinta maior companhia de gás e óleo do mundo, com fábrica em Pindamonhangaba (SP), e Rubens Antônio Carneiro, ge­­rente de assistência técnica da Copa­va, concessionária Volkswagen em Curitiba, esclarecem algumas das questões que ainda geram dúvidas entre os proprietários de veículos.

Qual óleo devo escolher para o meu carro?

O produto correto está indicado no manual do proprietário e varia conforme a idade do veículo e suas ca­­racterísticas.

Qual a diferença entre óleos sintéticos, semissintéticos e minerais?

Os óleos minerais são obtidos da separação de componentes do petróleo, sendo uma mistura de vários compostos. Os óleos sintéticos são obtidos por reação química, havendo assim maior controle em sua fabricação, permitindo a obtenção de vários tipos de cadeia molecular, com diferenças características físico-químicas e por isso são produtos mais puros. Os óleos semissintéticos ou de base sintética empregam mistura em proporções variáveis de básicos minerais e sintéticos, buscando reunir as melhores propriedades de cada tipo, associando a otimização de custo, uma vez que as matérias-primas sintéticas possuem custo muito elevado.

É possível substituir o óleo indicado no manual por um similar?

Sim, desde que observados alguns critérios. O produto deve obedecer às especificações do óleo recomendado no Manual do Proprietário, de acordo com a viscosidade SAE (So­­ciedade de Engenheiros Automoti­vos), e com a aditivação API (Ins­tituto Americano de Petróleo), ACEA, ILSAC ou JASO. Todos os lubrificantes contêm as informações nos rótulos sobre homologações e especificações.

Se for necessário completar o nível do óleo, haverá algum problema caso seja misturado o óleo mineral com o sintético?

Sim. É preciso observar qual está sendo usado antes de completar. Os óleos básicos apresentam naturezas químicas diferentes e a mistura pode comprometer o desempenho de sua aditivação, podendo gerar depósitos. Se o motorista quiser trocar o óleo mineral pelo sintético, é importante que troque o filtro de óleo junto com a primeira carga de sintético.

Onde deve ser feita a troca de óleo?

É adequado procurar locais com a estrutura necessária e com a equipe treinada. Os locais mais indicados são concessionárias, postos de serviço, super trocas, oficinas me­­cânicas especializadas e redes de pneus.

Há algum sinal que indique o mo­­mento de fazer a troca?

A perda de potência e o superaquecimento são indícios de que está na hora de trocar o óleo. Essa informação também pode ser encontrada no manual do proprietário. Hoje, o mais comum é indicar a troca a cada 10 mil quilômetros rodados ou seis meses, o que completar primeiro.

Com que frequência o motorista deve observar o nível do óleo?

A verificação pode ser feita uma vez por semana. O ideal é que o carro esteja num local plano e com o motor frio. Se o carro estiver em movimento, é importante que se espere pelo menos 15 minutos após o motor ter sido desligado para medir o nível. São os traços da vareta de óleo que indicam o nível. O correto é que esteja entre os dois traços (mínimo e máximo).

O filtro de óleo deve ser substituído a cada troca de óleo?

O período de troca do filtro de óleo também é recomendado pe­­lo fabricante do veículo e cons­­ta do manual do proprietário. Deve ser feita a cada duas trocas de óleo. Mas já existem fabricantes que recomendam a troca do filtro a cada troca do óleo, para que não haja mistura do óleo novo com o residual que se encontra no filtro.