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O design, o acabamento e a segurança são as principais razões que levam uma mulher a escolher um carro;

Quanto aos itens e acessórios, a direção hidráulica, o conjunto de vidros e travas elétricos e o ar-condicionado são os campeões;

Com tamanha influência, o público feminino está provocando mudanças nos próprios veículos. Bancos com tecido que não desfia as meias, maçanetas com o encaixe maior para as mãos e botões maiores no painel – ambos para evitar a quebra das unhas – , bancos ergonômicos que permitem o uso do salto alto para dirigir, espelho de cortesia no quebra-sol para o retoque da maquiagem do motorista e do passageiro, e um sistema de embreagem hidráulico, que exige menor esforço, são algumas medidas adotadas para agradar as mulheres.

Na hora de comprar o carro, é bem possível que quem pague seja ele, mas quem bate o martelo é ela. Pesquisas de montadoras e uma rápida consulta a seis concessionárias de Curitiba confirmam este fato.

Dados da General Motors, por exemplo, revelam que 60% dos compradores do Corsa Hatch, 46% dos do Corsa Sedã , 43% dos do Celta e da Zafira e 40% dos da Meriva são do sexo feminino. Segundo a montadora, o que o público feminino valoriza nestes carros são conforto, segurança, durabilidade, acabamento interno e a posição de dirigir.

Na Citroën, as vendas para o mercado feminino aumentaram de 15% em 2004 para quase 44% no ano passado. Os preferidos da marca pelas mulheres são o compacto C3 e a minivan Xsara Picasso.

Já os estudos da Volkswagen apontam uma diferença entre as relações masculina e feminina com o carro. A visão do homem é de fora para dentro do carro. Ele, por exemplo, valoriza a potência e também associa a sua imagem ao veículo. Porém, a mulher olha o automóvel de dentro para fora. Valoriza o acabamento, porta objetos e prefere que todos os instrumentos estejam a mão.

A vendedora de produtos nutriocionais, Neuza Pereira Vilas Boas, 56 anos, prioriza justamente este lado prático do veículo. "Uso o carro para trabalhar, saio de manhã e volto só à noite. Gosto de automóveis simples, sem muitos acessórios, fáceis de dirigir e de manobrar", conta. Ela, que acabou de adquirir seu segundo Ford Ka, comenta que na hora da compra dá mais importância ao painel e estofamento.

Segundo o gerente comercial da Metrosul, revenda Chevrolet, Sérgio Lenoir Balbinot, a opinião da mulher é levada em conta principalmente na hora da escolha do modelo do carro, cor e acessórios. O poder de influência da mulher parece agir até mesmo em empresários e executivos acostumados a grandes decisões. De acordo com o vendedor da Bourlevard Citroën, Jorge Augusto dos Reis, há pouco tempo um diretor de uma empresa procurou a loja para comprar um carro para uso próprio, escolheu o C3 e disse que iria voltar com a esposa e a filha para decidir a cor. "No retorno, a preferência dele era pelo prata, já a esposa queria o azul e a filha o vermelho. Resultado: as duas decidiram pelo preto e ele concordou", conta Reis.

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