A vez da moto flex

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A edição 2007 da Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços (Automec), que terminou ontem em São Paulo, reuniu 1.350 expositores de 30 países. Durante o evento, os visitantes puderam conferir novas tecnologias que em breve estarão incorporadas aos veículos comercializados no país, como o sistema bicombustível para motos, bem como novidades – em serviços e acessórios – que passam a ser oferecidos no mercado de reposição.

Invasão chinesa

Literalmente amontoadas numa pequena área do pavilhão do Anhembi, 60 empresas de autopeças chinesas chamavam a atenção dos visitantes pelos preços imbatíveis de seus produtos. A fabricante de rodas Yongqi, por exemplo, expôs rodas em alumínio para Gol ou Palio por US$ 50 (R$ 100), a peça. Já a empresa Jinbo estava oferecendo amortecedores do Santana por US$ 5,40 (R$ 10,80), a peça. Ao lado, no estande da Sunshine Wiper Blade, uma palheta para carros populares custava US$ 6 (R$ 12), o par. Só para efeito de comparação, um jogo de palhetas nacional custa entre R$ 18 e R$ 20.

"Caça-ruídos"

As oficinas especializadas em tratamento anti-ruído em automóveis estão ganhando um aliado no combate daqueles desagradáveis "grilos" que costumam tirar a atenção do motorista durante a condução. A empresa Leone Equipamentos, de São Paulo, está lançando o "Caça-ruídos", um aparelho que ajuda a localizar as regiões do carro onde estão ocorrendo barulhos indesejados, seja no motor, ar-condicionado, amortecedores, bancos, painéis e acabamentos internos. O Caça-ruídos é, na realidade, um kit formado por cabos, uma pequena central que localiza os ruídos através dos cabos e fones de ouvido. O equipamento custa R$ 999.

Duas rodas bicombustível em 2009

Durante os cinco dias da Automec, o estande da Delphi era um dos mais concorridos. E não era para menos. A empresa aproveitou a mostra para expor a primeira motocicleta bicombustível, movida a álcool e gasolina. Apesar de já ter sido testada e aprovada por três fabricantes nacionais (Honda, Yamaha e Sundown), a nova tecnologia só deverá chegar ao mercado em 2009, curiosamente no mesmo ano em que começa a vigorar uma lei mais rigorosa de emissão de poluentes para o segmento de duas rodas. Entre as alterações que a motocicleta flexível recebeu estão a instalação de um sistema de injeção eletrônica, a adequação da taxa de compressão e uma nova bomba de combustível desenvolvida especialmente para trabalhar com álcool. A Delphi reconhece que, inicialmente, uma moto flex deverá ser um pouco mais cara que um mesmo modelo convencional. Mas, segundo a empresa, o preço deverá começar a cair à medida que a produção das motos bicombustíveis aumente.

Pára-brisa antiembaçante

A fabricante de vidros Saint-Gobain levou para Automec um pára-brisa térmico, que elimina a possibilidade de embaçamento em dias de chuva, principalmente, durante o inverno. Em fase final de desenvolvimento, mais ainda sem data de comercialização no país, o pára-brisa anti-embaçante possui microfilamentos que mantém a superfície do vidro sempre aquecida. O pára-brisa térmico foi desenvolvido especialmente para veículos sem ar-condicionado.

Adeus "encostadinha"

Novos sensores de estacionamento, agora com display com indicação de distância, também foram destaque na Automec. A Valeo já está comercializando em lojas de autopeças o "Beep&Park", um sistema que custa entre R$ 200 e R$ 250. Outra empresa que está de olho nos motoristas que têm dificuldade para estacionar é a DNI, que também está lançando um sensor de estacionamento com display de indicação de distância. A novidade custa R$ 230.