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Até agora, quem tinha um carro bicombustível não pensava duas vez ao abastecer: "álcool, por favor!" Mas com o início da entressafra da cana-de-açúcar, o preço do combustível vem aumentando desde novembro. Resultado: em alguns postos completar com gasolina já é mais econômico.

De acordo Carlos Henrique Ferreira, engenheiro e assessor técnico da Fiat, abastecer com álcool só é vantajoso quando o produto custa até 70% do valor da gasolina. "É que um carro a álcool consome 30% a mais do que um a gasolina. Por isso, é preciso que o preço do combustível vegetal seja, pelo menos, 30% inferior ao do derivado do petróleo", orienta.

O cálculo é fácil. Em Curitiba, por exemplo, a gasolina custa em média R$ 2,35, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP), entre os dias 18 e 24 de dezembro. Basta multiplicar o valor por 0,7, para estabelecer a diferença de 30%. O resultado é R$ 1,645. Se o álcool custar abaixo de R$ 1,645, ele é mais vantajoso. Acima desse patamar, é melhor ficar com a gasolina.

Comparando-se esse valor médio da gasolina aos preços mínimo (R$ 1,49), médio (R$ 1,59) e máximo (R$ 1,79) do litro do álcool na capital chegamos à conclusão de que em determinados postos já é mais vantajoso colocar gasolina. É o caso do estabelecimento que esteja cobrando R$ 1,79 pelo álcool. Neste caso, o preço deste combustível já é 76,2% do valor médio da gasolina.

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