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O ABS surgiu em veículos de passeio pela primeira vez em dezembro de 1978 no Mercedes-Benz Classe S | Divulgação
O ABS surgiu em veículos de passeio pela primeira vez em dezembro de 1978 no Mercedes-Benz Classe S| Foto: Divulgação

De cada dez carros emplacados no Brasil atualmente, pelo menos dois trazem o sistema antiblocante dos freios, mais conhecido na sigla inglesa por ABS. Ainda é pouco perto dos 100% verificados em países da Europa e nos Estados Unidos, mas já está próximo da média mundial (um para cada quatro veículos novos) e é o dobro do que se observava por aqui há cinco anos.

Em 2006 estava em 13% dos automóveis licenciados, subiu para 19% em 2008 e fechou em 23% no ano passado, segundo pesquisa realizada pela Bosch, hoje um dos principais fornecedores do sistema. Até 2014, no entanto, todos os automóveis vendidos no país virão de fábrica com essa tecnologia, uma vez que será obrigatório, juntamente com o air bag – conforme prevê a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

Grande parte do crescimento está entre os veículos médios no qual se concentram os hatches e sedãs nacionais. A instalação de ABS neste segmento passou de 42%, em 2006, para 69%, em 2010. Já entre os populares, a taxa de instalação permanece baixa: apenas 7% saíram de fábrica com o sistema em 2010.

Estudos apontam que se a frota circulante tivesse ABS, cerca de 10% dos acidentes de trânsito seriam evitados. Ele é um dos mais importantes sistemas de segurança do veículo. No entanto, muitos motoristas desconhecem como usá-lo. Uma análise das ocorrências mostra que os condutores não estão acostumados a realizar manobras seguras em situações de riscos.

E a vantagem do ABS é justamente essa: você pode frear e virar o carro ao mesmo tempo. Se frear com muita força, e as rodas ameaçarem travar, o computador do mecanismo antiblocante aciona uma série de eletroválvulas que liberam a pressão de fluido dentro dos elementos do freio. Isto é feito muitas vezes por segundo, garantindo que a roda freie, mas que gire em todo o momento.

A recomendação para os que contam com este sistema em seus carros é que, ante uma situação de pânico onde se deva acionar os freios, se faça isso com toda a força e sem perder tempo. Ao mesmo tempo o motorista pode se esquivar do obstáculo a sua frente sem tirar o pé do freio.

Air bag

A pesquisa realizada pela Bosch registrou aumento também na instalação de air bag nos veículos nacionais. Em 2008, apenas 19% dos carros possuíam o equipamento. Já em 2010, esse índice chegou a 26%. Se­­gundo dados do Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária), o air bag poderia contribuir para manter a vida de aproximadamente 490 pessoas que hoje morrem no trânsito (1,4% das 35 mil mortes/ano); ou ainda evitar ferimentos em mais de 10 mil pessoas. "A obrigatoriedade do air bag e do ABS nos veículos resultará em uma maior produção desses equipamentos o que torna mais vantajoso o investimento em carros que já possuem esses itens", comenta Carlo Gibran, gerente de Vendas e Mar­­keting da divisão Chassis Systems Control da Robert Bosch América Latina.

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