A Honda pôs um ponto final à história da CG 125, um dos modelos mais populares do mercado. Lançada em 1976, foi a primeira moto feita em solo nacional pela marca japonesa e por décadas liderou as vendas do segmento duas rodas no país.
Atualmente detém o título de o “veículo mais emplacado no Brasil”, superando o Volkswagen Gol - vendeu cerca de 7 milhões de unidades contra 6,6 milhões do hatch. Também é o segundo mais antigo produzido por aqui, atrás apenas da VW Kombi, que ficou na ativa por 56 anos.
A CG 125 recebeu pouco melhorias nos últimos anos, perdendo espaço para versões mais potentes e modernas dentro da montadora, como a CG150 (lançada em 2003), que evoluiu para CG 160 em 2016.
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Divulgação / Honda
Em 2018, as vendas do veterano modelo representaram menos de 10% do mix da linha CG. No ranking das motos mais emplacadas, ele ocupou apenas o 7.º posto, com 28.401 exemplares.
Além da queda na procura, outro motivo que levou a aposentadoria da CG 125 foi a exigência a partir deste ano de freios com sistema CBS ou ABS (freios combinados).
A Honda argumentou que não valeria o investimento no dispositivo diante do desempenho ruim nas lojas - Fiat Mille e Kombi tiveram o mesmo destino há cinco anos, quando a legislação determinou a presença de airbags e ABS de série em veículos zero km.
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A presença mais forte dos scooters também contribuíram para a decisão. A montadora acaba de lançar o Elite 125 e atualizar o PCX 150, suas representantes nesta categoria de motos.
Mesmo com o fim da produção ainda será possível encontrar o modelo disponível nas concessionárias, já que há bastante estoque. A versão Fan tem preço sugerido de R$ 7.161, enquanto a Cargo custa R$ 7.165. Vem com injeção eletrônica e propulsor de 1 cilindro e 124,7 cc, que rende 11,8 cv a 8.500 rpm e 1,06 kgfm de torque.
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Alguns fatos marcantes da CG 125
- Responsável pela construção da fábrica da Honda na Zona Franca de Manaus, em 1976.
- Teve o rei do futebol Pelé como o seu principal garoto-propaganda à época do lançamento.
- Foi a primeira motocicleta no mundo a vir equipada com motor a álcool, em 1981. A versão que saiu de linha era movida apenas a gasolina (já a 160 é flex).
- Em 2013, abandonou o famoso farol redondo, que lhe rendeu o apelido de ‘Bolinha’, para assumir o visual próximo ao da CG 150.
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