Por prazer
Não basta ter um carro, tem que restaurar e colecionar histórias
Tanto quanto dos carros, os antigomobilistas gostam do processo de restauração. Muitas vezes eles precisam de dois ou três veículos para "fazer" um. O engenheiro e empresário Rodrigo Stainsack, membro da confraria formada pelo empresário Carlos Grocoske, por exemplo, comprou um Maverick 1978. Isso foi lá em 2005 e durante dois anos ele trabalhou na restauração do carro.
A busca pelas peças um dos grandes desafios desse trabalho se dá das formas mais variadas. Os donos de carros antigos fazem pesquisas e fecham negócios pela internet; viajam em busca daquilo que precisam, principalmente para os Estados Unidos, melhor mercado para esse comércio; e contam com a ajuda dos amigos. Quando um deles está garimpando peças por aí, nunca está pensando somente no seu carro.
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Qual é o carro que fez parte da sua vida de forma mais marcante e que você gostaria de ter conservado ou que conseguiu manter na família?
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O advogado Luiz Fernando Carneiro Bettega conta que os carros antigos fazem parte da sua rotina desde que ele se entende por gente. Não poderia ser diferente já que o pai, o engenheiro aposentado Luiz Fernando Seiler Bettega, nunca teve o hábito de vender os carros da família. Ele ficou com os veículos que foram dos seus pais e de outros familiares e com aqueles que ele comprou ao longo dos anos.
Nesse universo do antigomobilismo é muito comum encontrar pais e filhos unidos pela mesma paixão. Hoje o advogado mora com os pais e a irmã na casa da avó, que foi construída em 1943. Na garagem, sete carros fazem parte da coleção do pai e do filho. Eles preferem não chamar de coleção, já que são veículos mantidos ao longo dos anos mais pela relação criada com eles do que pelo desejo de colecionar. "Temos uma pequena coleção, mas não me considero um colecionador", frisa Carneiro Bettega.
Pai e filho fazem parte de uma confraria de antigomobilistas comandada pelo empresário Carlos Grocoske. No grupo, formado por 13 pessoas, há outros dois casos de amor pelos carros antigos passado de pai para filho. Do Carlos Grocoske para o Antonio Carlos e do Luiz Fernando Grocoske, irmão do Carlos, para Francisco Luiz.
Ligação
No último encontro desse grupo, na terça-feira da semana passada, quando eles lançaram o calendário "Clássicos de Curitiba 2013", Carneiro Bettega conseguiu explicar facilmente como nasce esse fascínio pelos carros antigos: "Todos têm uma ligação com um carro na vida". Certo. O pai dele conseguiu, por exemplo, guardar na família o Maverick que usou para levar os filhos da maternidade para casa.
O modelo mais antigo que os dois têm é um Ford 1946, que foi do avô do advogado, passou por algumas pessoas da família e está com ele desde 1992. Agora ele está sendo restaurado. A parte mecânica foi concluída e agora falta cuidar da lataria e da pintura. O avô de Carneiro Bettega foi um importante "fornecedor" desse acervo. O Chevrolet Impala 1961 que ele comprou zero quilômetro também continua na garagem.
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