O Programa de Avaliação de Carros Novos da América Latina (Latin NCAP) divulgou a quarta fase de seu programa de segurança de carros zero quilômetro vendidos no México, Caribe, América Central e do Sul, incluindo o Brasil. Foram reprovados no teste de impacto, sem nenhuma estrela do total de cinco, o Nissan Tsuru, o Renault Clio Mio, o Suzuki Alto K10 e o Chevrolet Agile.
Deve-se ressaltar, no entanto, que os modelos testados do Agile e do Clio são versões do mercado argentino e têm, portanto, algumas diferenças em relação aos carros produzidos para o Brasil. O Agile que foi testado não possui duplo airbag, diferente dos que são vendidos no Brasil. E a versão Mio do Clio também não é oferecida no mercado nacional apesar de que por aqui o Clio também não vem com as bolsas infláveis.
O carro da Chevrolet teve duas estrelas no teste de proteção a crianças, quesito no qual o Clio foi um pouco inferior, com apenas uma estrela. A dupla teve a pior avaliação entre todos os modelos testados pelo Latin NCAP desde sua fundação. Em comunicado divulgado à imprensa, o Latin NCAP afirma que as forças sofridas pelas cabeças dos dummies (bonecos de testes) sentados no Clio "foram inaceitavelmente altas". A proteção às crianças também apresentaram problemas, com "baixa compatibilidade para a cadeirinha infantil e um fraco desempenho nos testes dinâmicos".
No caso do Agile, "os dummies passageiros registraram esforços elevados no teste de impacto", por conta da "instável estrutura do habitáculo do carro, expondo a área dos pés do motorista a maiores riscos". O instituto finaliza dizendo que "as forças sobre a cabeça do motorista foram inaceitavelmente altas".
Neste ano, o Latin NCAP aumentou a exigência de seus procedimentos de teste. O sistema de pontos pune os veículos quando os dummies sofrem cargas que supõem uma lesão fatal no próprio teste.
Logo após a divulgação dos resultados dos testes, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) defendeu a qualidade dos automóveis fabricados no Brasil, classificando-os como "seguros". Em seu comunicado, a associação disse que "alguns dos modelos cujos testes foram divulgados não estavam equipados com airbag, mas o equipamento está disponível ao consumidor brasileiro de série ou como opcional". Outro ponto defendido pela Anfavea é a obrigatoriedade de airbag duplo e freios ABS equipando todos os veículos fabricados no Brasil "a partir de 2014".
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