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Uma paradinha para abastecer no posto de combustível e logo vem o frentista perguntando: "quer que olhe a água?" Na maioria dos casos se o nível do líquido no radiador está baixo o funcionário completa o que falta com água pura. Mas o que parece inofensivo e até cuidadoso pode gerar problemas futuros.

Para que o sistema se mantenha sempre resfriado, é recomendável que a reposição seja feita com um produto específico e na proporção de 60% de água e 40% de aditivo a base de etilenoglicol. Completar somente com água pode ocasionar danos como travar a válvula termostática, enferrujar o selo do motor e danificar a bomba d’água. "O aditivo age justamente como um anti-corrosivo. Mas é importante atentar quanto a proporção correta. Aditivo em excesso é prejudicial, pois corrói o alumínio do radiador", alerta Marcelo Depa, gerente da Loja do Radiador, em Curitiba.

Ele aconselha evitar esse serviço em postos de combustíveis, já que alguns frentistas abrem a tampa do reservatório com o motor ainda quente. "A pressão interna e alta temperatura farão a água derramar, comprometendo o verificação correta", salienta. Além disso, Depa diz que a água sem aditivo pode formar um barro no radiador, acarretando o entupimento.

De acordo com Adílson Peres de Souza, líder técnico da Champagnat Veículos, concessionária Chevrolet na capital, em caso de superaquecimento, a junta do cabeçote pode queimar e o carro tende a falhar. "Sistema que não trabalha com a temperatura ideal também gera desgaste prematuro de peças e elevação do consumo de combustível", esclarece.

O nível do reservatório deve ser verificado semanalmente com o motor frio. Já a troca completa do líquido de arrefecimento realizada a cada 30 mil quilômetros ou dois anos. "Se o nível baixar com freqüência é sinal de que há algum problema, provavelmente vazamento. Os carros mais novos (de 2005 em diante) vêm com um aditivo longa vida, que pode durar até cinco anos", conclui Souza.

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