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O preço do álcool vem apresentando uma queda contínua e, em alguns postos, já é possível obter vantagem em relação à gasolina na hora de abastecer o carro flex.

Na última semana o valor do produto em Curitiba chegou a registrar R$ 1,60. Já o preço médio do derivado de petróleo foi de R$ 2,53. Ou seja, o combustível vegetal custou 63% a menos que o mineral, percentual abaixo do limite máximo de 70% recomendável para que se obtenha vantagem abastecendo com o derivado da cana – o consumo médio dos modelos flex é 30% maior ao usar o álcool ante a gasolina.

A tendência é ainda mais otimista para o consumidor final. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis-PR), Roberto Fregonese, a previsão é a de que nos próximos dias o litro do álcool atinja R$ 1,50. "Algumas distribuidoras ainda têm estoques comprados dos usineiros as preços mais elevados, custo que ainda é repassado para os postos. Porém, à medida que os estoques são renovados com a entrada da safra, os valores tendem a ficar mais compatíveis com a realidade ", explica Fregonese, lembrando que, por se tratar de uma commodity, o valor do álcool está sujeito a alterações de um dia para o outro. "Certeza mesmo é de que pelo menos não irá subir mais."

O proprietário do Posto Bom Retiro, Rafael Andrioli, abaixou o preço do álcool no sábado passado de R$ 1,77 para R$ 1,64 e já percebeu o retorno do cliente "flex". "A procura pelo álcool já representa 40% do movimento. Até poucos dias, quase não abastecia com esse combustível."

Mamfred Schmidt, dono do Auto Posto Chu 2 e Chu 3, no Capão Raso e Seminário, respectivamente, alterou três vezes o valor da opção mineral de uma semana para cá. "De R$ 1,79, baixei para R$ 1,77 e em seguida para R$ 1,74. Amanhã (hoje), devo mudar para R$ 1,69", informa.

Ele explica que a distribuidora tem dado respaldo, diminuindo em 10% o custo do produto, o que favorece uma margem de lucro de R$ 0,15 por litro. "Ainda é pouco para os gastos que temos com pessoal e tributação. Mas, é a única maneira de não perdermos cliente. A maioria deixou de ser fiel e passou a optar pelo mais barato", ressalta, que cobra R$ 2,53 pelo litro da gasolina.

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