A Renault planeja concluir, em um prazo de 12 meses, uma fusão com a Nissan e a Mitsubishi e, na sequência, comprar o grupo FCA (Fiat Chrysler Automóveis). As informações são do jornal Financial Times. As duas empresas negam as informações.
Hoje, a Renault e a Nissan têm uma aliança, na qual os franceses possuem 43% das ações da Nissan, enquanto os japoneses controlam 15% do grupo francês.
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A Mitsubishi entrou para a Aliança em 2016, depois que a Nissan comprou 34% da marca.
Em novembro de 2018, o CEO da Nissan, Hiroto Saikawa, afirmou que pretendia rever a parceria, que, de acordo com ele, não era “paritária”. O maior lucro da Renault, hoje, vem da participação dela na Nissan.
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Segundo o que foi publicado pelo Financial Times, a recente criação de um conselho da aliança franco-japonesa, capitaneado por Jean-Dominique Senard, aumentou os rumores sobre a fusão.
Senard se tornou o presidente da Renault após a prisão e afastamento de Carlos Ghosn, acusado de fraude fiscal no Japão.
Ghosn, inclusive, alega que está sendo perseguido pelos japoneses, pois são contrários a ideia dele da compra da Nissan pela Renault.
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Negócio já tinha sido discutido
A aquisição da FCA por parte da Renault já havia sido discutida, quando Ghosn ainda liderava a empresa francesa.
O veto do governo francês, que tem 15% das ações da Renault, colocou fim à discussão. O grupo ítalo-americano, por sua vez, também estaria atrás de um parceiro.
“A prioridade absoluta para o Estado francês é a aliança Renault-Nissan”, disse o porta-voz do governo da França, Benjamin Griveaux.
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Um grupo resultante da compra da Fiat Chrysler pela aliança Renault-Nissan-Mitsubishi se tornaria o maior do mundo e passaria o Grupo Volkwagen e a Toyota.
Hoje, a FCA tem valor de mercado 20 bilhões de euros. A aliança tem valor combinado de mais 50 bilhões de euros.
Rumores de mercado dizem que a FCA está procurando outras empresas do setor e está estudando fusões ou, até mesmo, a sua venda.
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Na semana passada, segundo reportagem do Wall Street Journal, a montadora rejeitou ofertas da Grupo PSA (que controla Peugeot, Citroën e Opel), pois a união não traria impacto em mercados fora da Europa.
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